Após sanções, Irã anuncia que vai manter enriquecimento de urânio
Do UOL Notícias*Em São Paulo
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O Irã anunciou nesta quarta-feira (9) que vai continuar seu programa de enriquecimento de urânio, apesar das novas sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU. "Nada vai mudar. A República Islâmica do Irã vai manter suas atividades de enriquecimento de urânio", disse Ali Asghar Soltanieh, enviado do Irã na AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, da ONU), com sede em Viena, logo depois da aprovação da medida na ONU em Nova York.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, também rejeitou as sanções aprovadas hoje. Para ele, as sanções "não valem um centavo" e devem ir "para o lixo".
O também iraniano Ali Asghar Soltanieh, embaixador de Teerã na AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, da ONU), afirmou que o país não interromperá suas operações de enriquecimento de urânio, apesar da nova série de sanções impostas à República Islâmica.
“[Os Estados Unidos, a Inglaterra e a França, que ocupam assentos permanentes no conselho, atuam com] falta de honestidade”, disse embaixador do Irã na ONU, Mohammad Khazaei.
Revelação de usinas de enriquecimento de urânio escondidas acelerou sanções ao Irã
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A relação das potências ocidentais com o Irã se deteriorou com rapidez após a CIA (agência de inteligência dos EUA) detectar por satélite a existência da usina de enriquecimento de urânio escondida dentro de uma montanha próxima da cidade sagrada xiita de Qom em setembro de 2009
Outra autoridade iraniana a rejeitar o acordo foi porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast. "Isso [as sanções] tornará a situação mais complicada."
O Conselho de Segurança da ONU impôs no início da tarde de hoje novas sanções ao programa nuclear do Irã, que parte do Ocidente suspeita estar voltada para o desenvolvimento de armas atômicas. Foram 12 votos a favor das sanções e dois contra (do Brasil e da Turquia). O Líbano se absteve.
A embaixadora brasileira na ONU, Maria Luiza Ribeiro Viotti, justificou a posição do governo Luiz Inácio Lula da Silva. "Não vemos as sanções como um instrumento efetivo. Com toda a certeza, vão provocar o sofrimento do povo do Irã e favorecer os que não querem que o diálogo prevaleça", afirmou.
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