Irã vai retaliar se navios do país forem inspecionados, diz parlamentar


Um parlamentar importante do Irã advertiu na sexta-feira que o Irã vai começar a inspecionar os navios estrangeiros no golfo Pérsico, um canal fundamental para o abastecimento mundial de petróleo, se os seus navios receberam o tratamento imposto pelas novas sanções da ONU.A resolução de sanções, aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU na quarta-feira (9), amplia as medidas contra bancos iranianos e de importações de armas, e também pede a criação de um regime de inspeção de carga similar ao que existe para a Coreia do Norte.As sanções foram impostas devido à recusa do Irã em suspender seu programa nuclear, que o Ocidente suspeita que seja voltado para a fabricação de armas atômicas."Mesmo que somente um navio (iraniano) seja alvo de inspeções nós retaliaremos e inspecionaremos vários de seus navios", disse o parlamentar, Hossein Ibrahimi, a agência de notícias iranianas Mehr.Ibrahimi é chefe de segurança nacional do Parlamento e da Comissão de política externa do Irã.
"O estreito de Hormuz e o Golfo Pérsico serão o nosso campo de manobra neste tema e quem tem a intenção de ferir ou prejudicar-nos, será severamente atacado também", completou.Cerca de 40% do petróleo comercializado no mundo passa pelo estreito de Hormuz.SançõesEm sessão realizada nesta quarta-feira em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma quarta rodada de sanções contra o Irã devido ao seu programa nuclear. O documento foi aprovado com 12 votos a favor, uma abstenção (do Líbano) e dois votos contra (Brasil e Turquia).

A rodada de sanções devem vetar investimentos exteriores iranianos em atividades e instalações relacionadas com a produção de urânio, serão estabelecidas restrições na venda de armas convencionais ao Irã. Além disso, o país será proibido de fabricar mísseis balísticos com capacidade de carregar ogivas nucleares.

Também deve haver novas restrições às operações financeiras e comerciais com o Irã, além do reforço do regime de inspeções das cargas dos navios e aviões iranianos para evitar que burlem o embargo internacional.
A FOLHA

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