Segundo alunos-policiais de Salvador que conversaram com A TARDE, as duplas são deixadas nos pontos de trabalho às 7h, apenas com as armas e um rádio para pedir apoio, se necessário. Elas ficam em vários pontos da cidade, como orla, Abaeté, estações de transbordo, Cajazeiras, Nordeste de Amaralina e Cosme de Farias.
Baqueiro também refuta as informações que os alunos estão nas ruas sem supervisão e que não têm preparo para manusear armas. Sobre a supervisão, o comando da Polícia Militar informa que viaturas circulam nos pontos onde estão trabalhando os alunos-policiais, sempre observando a atuação desse efetivo ainda em formação.
MP começa a investigar a situação - As irregularidades no curso de formação de soldado da Polícia Militar motivaram a Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-BA) a protocolar duas representações junto ao Ministério Público do Estado MP-BA), a última delas dia 15 de julho.
O caso está nas mãos da promotora Patrícia Medrado, que o recebeu no dia 9 de julho. Segundo a assessoria de imprensa do MP, a promotora, que atua no Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa (Gepam), enviou um ofício ao comando geral da Polícia Militar solicitando informações. O prazo para a PM se manifestar é de 10 dias úteis a contar da data do recebimento do ofício. A assessoria não soube precisar o tempo final do prazo.
“O que está acontecendo é uma aberração. O governo está explorando mão-de-obra barata. Os alunos estão nas ruas sete dias por semana, têm curso no turno oposto e alguns ainda tiram serviço no quartel”, acusa Marco Prisco, da Aspra-BA.
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