BELO HORIZONTE (MG) - O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, Paulista e Neném, está sendo investigado por um homicídio ocorrido em 30 de dezembro do ano passado, no município de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Bola é apontado pela polícia como o executor de Eliza Samudio, na noite do dia 9 de junho, em sua casa, também em Vespasiano.
A vítima do homicídio no fim do ano passado foi identificada como Bruno Marinho Marques dos Reis, o Bruninho. Ele foi morto a tiros. O crime foi cometido na Avenida Rio Branco, no bairro Jardim Glória. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Vespasiano.
Além desses dois assassinatos, Bola teria confessado participação no homicídio de dois rapazes, em 2008. A confissão teria sido feita ao inspetor da Polícia Civil mineira Júlio César Monteiro de Castro, ex-coordenador do extinto Grupo de Respostas Especiais (GRE), espécie de tropa de elite da instituição.
Em entrevista realizada no último dia 12 de julho, Castro - que é irmão do chefe de Polícia Civil de Minas, Marco Antônio Monteiro - disse que Bola disse a ele que torturou e assassinou dois rapazes em 2008, dentro de seu sítio, no município de Esmeraldas, também na Grande BH. No local, funcionava um centro de treinamento do GRE. Os corpos jamais foram encontrados.
O caso, que veio à tona naquele ano, resultou no afastamento de dez policiais - entre eles do coordenador do GRE - é investigado até hoje pela Corregedoria da Polícia Civil mineira, mas não tem nenhum indiciado. Júlio César Castro disse ainda na entrevista que, em 2008, descobriu irregularidades envolvendo o GRE. Quando começou a apurar os crimes, foi alvo de ameaças e represálias: integrantes do grupo, envolvidos em crimes, teriam divulgado pela internet um vídeo com denúncias sobre o GRE.
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