O corpo do juiz Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro, substituto da Comarca de Camamu, assassinado neste sábado, 10, à queima-roupa por um policial mil

O corpo do juiz Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro, substituto da Comarca de Camamu, assassinado neste sábado, 10, à queima-roupa por um policial militar em serviço, será enterrado na tarde deste domingo, 11, às 17h30, no cemitério Jardim da Saudade. O funeral estava marcado para 15h30, mas foi adiado. O crime aconteceu após uma briga de trânsito nas proximidades do Centro Empresarial Iguatemi, em Salvador.

Com base nos termos de declaração apresentados pelas testemunhas do caso na Corregedoria da PM, há relatos de que o veículo do PM lotado na 35ª CIPM teria sido interceptado por um Honda Civic. O motorista, no caso o juiz, teria saído armado com uma pistola 9mm, de fabricação israelense e de uso exclusivo, indo em direção ao policial, que, então, efetuou dois disparos. O juiz morreu na hora.

Em seguida, o PM solicitou socorro aos colegas da 35ª CIPM e ao SAMU, mas o juiz não resistiu aos ferimentos. O policial e as armas foram submetidos a perícia. De acordo com o capitão Pita, a Corregedoria irá dar tratamento disciplinar ao caso, investigando se o PM efetuou os disparos em legítima defesa ou não. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pela Corregedoria Militar.

O crime chocou o meio jurídico baiano. A presidente do Tribunal de Justiça da Bahia Telma Brito, não emitiu declaração oficial, mas designou a juíza Inez Maria Brito Santos Miranda, assessora especial da presidência, para acompanhar o caso. Contactada neste sábado, ela estava a caminho do Instituto Médico Legal, para onde o corpo do juiz foi levado, mas preferiu não dar maiores informações.

O juiz Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro era membro do Conselho Fiscal da Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB). Ele entrou para a carreira jurídica em 2005, após aprovação em concurso para juiz substituto do Tribunal de Justiça baiano. Casado, baiano, ele tinha uma filha de 5 anos e vivia em Valença, onde era lotado.

De acordo com pessoas próximas às família do magistrado, ele costumava passar os finais de semana em Salvador.

Neste sábado, antes do incidente, ele e a família tinham passado a tarde na casa de amigos, no bairro do Barbalho. No final da tarde, saiu para fazer compras no Shopping Iguatemi e no supermercado, quando, na saída, houve o desentendimento com o policial militar e ele acabou sendo morto.

A família, muito abalada, não quis conversar com a reportagem.

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