Tribunal do Júri: de acordo com informações, o resultado foi de 4 x 3 pela condenação do sargento PM Erivaldo Lima a 12 anos de cadeia
13/7/2010 às 18h49 - O jacobinense viveu hoje um clima diferente em meio à garoa que caiu durante esta terça-feira.
No Fórum Jorge Calmon houve o julgamento de sargento Erivaldo Lima, acusado de efetuar o disparo de arma de fogo que matou Fábio Mota de Souza, de 23 anos à época, dono de uma pizzaria no bairro da Caeira, à Avenida Orlando Oliveira Pires, em 29 de junho de 2004, coincidentemente também uma terça-feira.
O crime
Este bloguista fez reportagem à época para o extingo jornal O Encarte e, segundo informações do boletim de ocorrência, sargento Lima estava acompanhado de uma mulher, na pizzaria. O militar não teria gostado da forma com que o dono da pizzaria, Fábio, teria cobrado uma dívida da sua acompanhante referente a uma pizza ali consumida no valor aproximado de R$ 8,00.
Inconformada com a violência, a família de Fábio promoveu algumas manifestações pela cidade de Jacobina, exigindo justiça, inclusive com faixas e camisetas com a foto de Fábio pelas ruas e avenidas. O crime criou uma verdadeira comoção à época.
Segundo informações apuradas, Fábio estava em Jacobina havia pouco tempo, depois de ter trabalhado como pizzaiolo em São Paulo, feito economias para montar a pizzaria em sua terra natal. Deixou esposa e dois filhos.
Julgamento
Acabou agora há pouco no Fórum Jorge Calmon em Jacobina o julgamento de Erivaldo Lima, o sargento Lima. Militar afastado, Lima é acusado de efetuar o disparo de arma de fogo que vitimou fatalmente Fábio Mota de Souza, de 23 anos na época, em uma pizzaria de sua propriedade no bairro da Caeira naquele fatídico dia de junho de 2004.
O julgamento durou praticamente todo o dia. Num debate acirrado, a promotoria, representada pela Bel. Bianca Geisa Santos Silva, e a defesa, representada pelo advogado Sérgio Reis, apresentaram seus argumentos, provas e testemunhas aos jurados que ouviram tudo atentamente.
No inicio desta noite, o magistrado Dr Mauro Souza Pinto leu a sentança aplicada ao réu: 12 anos em regime fechado. A defesa informou que irá recorrer da sentença.
Sentença
Sargento Lima foi sentenciado a prisão em regime inicialmente fechado por homicídio doloso. O corpo de jurados afastou a tese de legítima defesa alegada por Sergio Reis, advogado de sargento Lima, que foi condenado ao pagamento das custas, bem como também à perda do cargo na corporação. A defesa apresentou recurso de apelação e solicitou que os autos do processo fossem enviados à instância superior.
Da redação, com informações de Emerson Santos, Repórter Cidadão
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