Fonte Nova vai ao chão hoje e nova arena nasce sem plano de mobilidade

A Fonte Nova sai de cena neste domingo, 29, com a implosão do anel superior às 10 horas, para dar lugar ao projeto de uma arena esportiva cujo impacto na mobilidade urbana não é conhecido. A prefeitura não conta com estudo de impacto de vizinhança (EIV) do novo estádio, exigido pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), e desconhece quando ele ficará pronto.

Na prática, o governo municipal não tem informações, por exemplo, do adensamento populacional da região, da geração de tráfego advinda do novo empreendimento e da demanda de transporte público necessária para atender à circulação de pessoas. Isso em área que já apresenta problemas de trânsito e para onde converge duas das mais movimentadas avenidas de Salvador que fazem ligação para o centro da cidade, Bonocô e Vasco da Gama. O Consórcio Arena Salvador 2014 (responsável pela obra), por meio da assessoria, afirmou que “foi considerado o estudo publicado no Edital da Licitação”. Entretanto, no edital, disponível no portal do governo do Estado, não há estudo de impactos. Na coletiva à imprensa, na última terça-feira, 24, a implosão foi considerada pelas autoridades e pelo consórcio o grande ponto de partida da Copa de 2014. Mas o consórcio sequer possui o alvará de construção para início das obras.

Conforme prazos contratuais, a construção da arena deveria ter iniciado em junho de 2010. Há um atraso de dois meses. Para ter o alvará, o consórcio depende do EIV, segundo o Art. 271 do PDDU. A necessidade do estudo é indicada pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), desde setembro de 2009, em análise de orientação prévia.

O coordenador municipal de assuntos para a Copa, Leonel Leal, disse que o EIV está sendo realizado e que medidas serão tomadas para reduzir os impactos. “A Fonte Nova já existia e acredito que não teremos problemas de mobilidade com o novo estádio. Com o metrô vamos desafogar o trânsito”, disse. A TARDE

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