Os números da violência em Jacobina são assustadores. De 01 de janeiro de 2008 até o dia 20 de agosto de 2010 foram assassinadas mais de 40 pessoas, sem que a polícia apontasse os seus autores. Segundo os moradores mais antigos, nem no tempo em que Jacobina recebeu o infeliz apelido de ?Jacobala?, se assassinou tanto, em apenas dois anos e meio. A maioria das pessoas assassinadas, era composta de jovens entre 20 e 30 anos e, segundo a polícia, tinham passagem na delegacia por suposta ligação com o tráfico e uso de drogas, numa tentativa de que pouco se deve fazer em matéria de investigação, uma atitude aceita normalmente pela população. Porém, independente de quem seja, as mortes devem ser apuradas, até porque no rol dos assassinados, figuram também pessoas inocentes. Foi o caso de Antoniel Siqueira Santana, que era funcionário da Jacobina Mineração e Comércio. Na noite do dia 20 de janeiro deste ano, Antoniel foi dormir no Hospital Antônio Teixeira Sobrinho, para acompanhar o irmão que estava internado. Vários homens armados invadiram o hospital e o executaram, juntamente com seu irmão Jackson Siqueira Santana. A maioria dos assassinatos ocorridos no período, coincidentemente, teve a mesma característica. Ou seja, os matadores chegaram em uma motocicleta, pegaram suas vítimas de surpresa e dispararam vários tiros. Algumas delas chegaram a receber mais de dez tiros de pistola, como aconteceu com o dono de uma locadora de veículos, Antônio Benedito Virgílio, o ?Antônio Rico?, que em abril de 2009 recebeu mais de quinze tiros pelo corpo em um bar na localidade de Palmeirinha. Pelas características das mortes, a maioria das vítimas foi executada por profissionais. Suspeita-se que, por trás desses crimes, exista no município de Jacobina um grupo de extermínio. Quem reforça esta suspeita da existência de um grupo de extermínio é o delegado Raniere Barbosa de Oliveira, coordenador da 16ª Coorpin, em recente entrevista numa emissora de rádio. Ainda na lista dos assassinados, está o da garota Cíntia Sales, 8 anos, que morava no Bairro do Peru, na Rua do Triângulo. O crime chocou a população e ocorreu em 7 de agosto de 2009, no dia do seu desaparecimento. O corpo de Cíntia foi encontrado três dias depois do seu desaparecimento, com sinais de ter sofrido violência sexual. Já se passou um ano, e a polícia ainda não encontrou o assassino. Outro crime que também chocou a população e continua impune, foi o do motorista de táxi Edivaldino Lima Farias, que era conhecido como ? Edir do Táxi?. Edir foi sequestrado e teve o corpo carbonizado dentro do seu próprio carro. O corpo de Edir foi encontrado por populares no dia 18 de abril de 2009. A polícia ainda não apontou os autores desse homicídio. A população está com medo e teme que outras mortes aconteçam, já que nenhum assassino está na cadeia e, por isso, cobra providências das autoridades responsáveis pela segurança pública de Jacobina. A última vítima dos matadores foi Fabrício da Silva Brito, 31 anos, executado na porta de um bar, em plena luz do dia. Quem será a próxima vítima?reportagem-carlosalberto
Fonte:Célio Noticias
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