As cenas da guerra urbana, em São Conrado, Zona Sul do Rio, teriam sido protagonizadas por um grupo conhecido como Bonde dos Psicos. De acordo como uma fonte ligada a Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico na Favela da Rocinha, este bando teria sido chamado, especialmente, para atacar os policiais militares que faziam rondas na região e, segundo ele, já haviam trocado tiros na entrada do Morro do Vidigal.
Essa fonte, que pediu para não ser identificada, afirmou que "rolava uma festa no Vidigal" desde a tarde de sexta-feira (dia 20). Além de bandidos dali, haveria muitos traficantes da Rocinha, dominada pela mesma facção criminosa. Por volta das 5h de sábado (dia 21), uma van saiu do Vidigal e levou uma parte do bando de volta para a Rocinha. Quando o veículo retornava para dar mais uma viagem, um olheiro do Vidigal teria avisado, pelo rádio comunicador, que policiais militares do 23º BPM (Leblon) tinham passado em frente ao morro e trocado tiros. O traficante Nem teria sido avisado e, neste momento, convocado o grupo conhecido como Bonde dos Psicos. Em seguida, cinco vans, com cerca de 80 bandidos, foram para o Vidigal.
— Quando o bonde chegou lá, estava tudo tranquilo e eles ficaram até umas 8h. Então, Nem, que estava no meio, ordenou a volta para a Rocinha. Eles desceram pela [Avenida] Niemeyer. Chegando a São Conrado, bateram de frente com a PM e o tiroteio pior começou. Quatro vans partiram para a Rocinha e a última ficou para trás. Nela, estavam os caras que continuaram trocando tiros, invadiram o hotel [Intercontinental] e acabaram presos — contou.ODIAONLINE
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