Armadilhas da orla: nos calçadões da praia há buracos, pedras soltas e fios expostos

Atenção! No meio do caminho da praia, há pedras portuguesas soltas, buracos, rachaduras, escombros e lixo. Soteropolitanos e turistas precisam ter cuidado com a estrutura dos calçadões da orla marítima da capital baiana.

Em vez de diversão, empurrar o carrinho de bebê ou caminhar nesses locais, por exemplo, pode atrapalhar o entretenimento. E quem avisa, frequenta a região diariamente.

“Tem que ficar ligado para não tropeçar ou cair. Ando na orla todo dia e vejo a dificuldade que algumas pessoas encaram ao passar em certos trechos”, alerta o assistente administrativo, Pedro Henrique Alves, 31 anos.

Além destes riscos, o perigo de descargas elétricas também compromete o lazer. Em dois meses, dois episódios dessa natureza, ambos na praia de Jaguaribe, assustaram quem passeava pela orla.


Situação atual dos calçadões é essa: pedras portuguesas soltas e outras armadilhas

Primeiro, a cadela da raça labrador do juiz João Batista Alcântara morreu depois de lamber uma fiação que pertencia a uma das barracas demolidas. No último domingo, o pintor Gleidson Bispo dos Santos, precisou ser hospitalizado após pisar com os pés descalços em um refletor. A luminária liberou uma carga de 220 volts e derrubou o rapaz.

Perigo
Entre a praia dos Artistas, na Boca do Rio, e Itapuã, trechos com fios expostos atrapalham a caminhada. “Todo cuidado é pouco. Não acredito que as instalações sejam feitas dentro das normas técnicas”, arrisca o engenheiro eletricista Emerson Silva, 38 anos. Para ele, não estão cumprindo com as determinações. “É gambiarra a qualquer hora. Sem falar da sujeira, da imundície. Existe uma ingerência na praia”, acredita.

Ontem pela manhã, na praia de Piatã, funcionários da empresa Citeluz instalavam refletores no calçadão. Segundo o coordenador de iluminação pública da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), Raimundo Dias, o órgão tem realizado, em parceria com a Coelba, um trabalho de isolamento nas áreas da orla que oferecem riscos.

“Estamos selando os locais com maior vulnerabilidade. Em muitos trechos, são colocadas chaves compactoras nas saídas dos transformadores, inclusive, para interromper a energização durante o dia. À noite, a iluminação é acionada por meio de um programador de horário”, acrescentou Raimundo Dias.

Recomposição Os trechos da orla da capital baiana com problemas estruturais,de acordo com a assessoria de comunicação da Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), já estão em fase de recomposição.

“Iniciamos um trabalho de recomposição desses equipamentos pela região da Ribeira, na Cidade Baixa. A prefeitura tem dado prioridade à revitalização das calçadas”, assegurou a assessoria do órgão.

’Maior problema é o vandalismo’
O episódio do último domingo envolvendo o pintor Gleidson Bispo Santos, que tomou uma descarga de 220 volts após pisar descalço numa luminária, tem origem no vandalismo, afirmou ontem o coordenador de iluminação pública da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), Raimundo Dias.


Fios expostos são um risco para quem anda pela orla da cidade

“Já registramos, na 12ª Delegacia, em Itapuã, a queixa de furto de 80 metros de cabos elétricos que serviam à rede de aterramentos dos projetores do trecho Jaguaribe. O vândalo levou, justamente, a proteção do circuito. Daí, qualquer retorno de energia causa descarga. São, em média, cinco ocorrências por mês”.

Dias salienta as medidas que estão sendo adotadas para coibir a prática de furtos. “Fiscalizar é muito difícil porque o vandalismo ocorre em diversos pontos e em horários diferentes. Fica complicado montar campana, mas estamos realizando um trabalho de base com a Guarda Municipal, que vai de São Tomé de Paripe até Aleluia. Os procedimentos contam com o serviço de inteligência das polícias Civil e Militar”, concluiu ele.ibahia.globo.com

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