Bando de Piolho torturou soldado da PM antes de matá-lo em Quintino

Zona Norte em pânico
A tentativa de invasão do Morro do Fubá, em Cascadura, na Zona Norte do Rio, por traficantes armados terminou com a morte de dois homens na madrugada de ontem. De acordo com informaçõesdo 9º BPM (Rocha Miranda), Sérgio Henrique Moraes Papastawrios, de 35 anos, que estava num bar na Rua Lancastre, morreu na hora. Já o soldado da PM Marcel Pinto Almagra, de 27 anos, foi torturado e morto por comparsas do traficante Alexandre Bandeira de Melo, de 38 anos, conhecido como Piolho.

Segundo testemunhas, Marcel foi morto porque os bandidos viram sua identificação de policial. O jovem ainda tentou entrar em sua casa, mas foi atigido pelos traficantes. Depois, foi torturado e arrastado pela rua, até ser executado. No fim de novembro, ele iria se formar no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap). De acordo com parentes, durante dez anos, Marcel foi militar da Marinha, mas seu sonho sempre foi ser policial. O jovem, inclusive, estudava Direito na Unisuam para, futuramente, prestar concurso para delegado.

Outras quatro pessoas, sem identificação, ficaram feridas durante o intenso tiroteio provocado pelos traficantes. O dono do bar, disseram moradores, foi atingido no braço e teria perdido um dos polegares. Um jovem, que estava na rua, foi baleado no ombro, e outras duas pessoas - mãe e filha - foram atingidas de raspão dentro de casa.

Moradores dos bairros de Campinho, Quintino e Cascadura estão em pânico e dizem viver numa guerra há cerca de um mês, desde que Piolho fugiu do Instituto Penal Ismael Pereira Sirieiro, em Niterói. Segundo moradores, ele vem tentando invadir diversas comunidades da região. Antes de se tornar traficante, Piolho era professor de jiu-jitsu e dava aulas nas comunidades. Ele é descrito pelos moradores como um traficante sanguinário.

Segundo o major André Silveira, subcomandante do 9º BPM (Rocha Miranda), o policiamento no local está intensificado. No entanto, moradores reclamam da ausência de policias no local, e pedem uma viatura de plantão dia e noite no local. Durante o tempo em que a equipe do EXTRA esteve na comunidade, nenhum carro da polícia foi avistado. Os policiais recolheram do local uma granada.extra.globo.com

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