Dilma Rousseff (PT) optou por realizar perguntas apenas a Marina Silva (PV) e a Plínio de Arruda (PSOL). Defendeu a geração de empregos do governo Lula, afirmou que a atual gestão fortaleceu a Petrobras e ao, ser provocada por Plínio, até teceu elogios ao PT, o que ainda não tinha feito no decorrer da campanha.
A petista também mostrou segurança ao responder a uma suposta provocação da plateia, que riu logo após ela afirmar que as doações feitas ao PT são oficiais e estão registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Lamento os risos de quem tem outras práticas. A minha não é essa”, disse a candidata, arrancando alguns aplausos da mesma plateia.
Serra também evitou o confronto direto com a petista e preferiu dirigir suas propostas nos primeiros blocos a Marina Silva (PV). O tucano exaltou seus feitos em São Paulo, afirmou que colocou em prática ações que deram origem ao Bolsa Família e voltou a defender sua bandeira atual, de aumento do salário mínimo para R$ 600.
A única vez em que Serra reagiu foi ao responder a uma provocação de Marina, que questionou o presidenciável sobre a aplicação de programas sociais que antes, segundo ela, eram criticados pelos tucanos. Antes disso, Marina já havia comparado Serra a Dilma por estes terem perfil "puramente gerencial". “Não use sua régua para medir os outros”, rebateu Serra. “Você e a Dilma tem muito mais coisas parecidas. Vocês foram do mesmo governo e você estava no lá quando estourou o mensalão. Só saiu depois”, alfinetou o tucano.
Críticas incisivas – Se Dilma e Serra preferiram correr do embate direto, restou a Marina partir para as críticas mais enfáticas tanto às deficiências do governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) quanto às do governo Lula como forma de se diferenciar dos adversários. Entre as diversas críticas, Marina disse que a reforma da Previdência foi deixada “ao vácuo” nos últimos 16 anos e voltou a comparar o “mundo azul” de Serra ao “mundo cor de rosa” de Dilma.
Mais apagado que nos outros debates, Plínio, logo no início, referiu-se a José Serra como “Zé”, tirada irônica já utilizada em outros confrontos. Em seguida, o candidato do PSOL afirmou que todos os outros candidatos são neoliberais e, no decorrer do debate, concentrou-se em afirmar que suas propostas, como a da delimitação da propriedade da terra e a não terceirização no funcionalismo público, são diferentes das dos demais
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