Dezenas de pessoas participaram de uma manifestação na entrada da Engomadeira no início da noite desta quarta-feira (6). Eles protestam pela morte do catador de latinhas Nelson Pereira dos Santos, 40 anos, morto com um tiro na cabeça no final da noite desta terça-feira (05), segundo testemunhas, por policiais da Rondesp. Os manifestantes queimaram alguns objetos como pneus e uma viatura do Corpo de Bombeiros já foi deslocada para o local. A Polícia Militar da Bahia (PM) informou nesta quarta-feira (06) que instaurou uma Sindicância para apurar as denúncias. Segundo a assessoria de comunicação da instituição, a apuração visa em primeiro plano detectar a possível participação de prepostos da PM, considerando denúncia de populares através da imprensa. Ainda segundo a PM, o relatório da guarnição da Rondesp que estava de serviço na Engomadeira no horário do ocorrido, descreve que, “em ronda no final de linha do bairro, foi informada por populares de que um cidadão teria sido vítima de disparo de arma de fogo e levado ao Hospital Roberto Santos”. Os policiais militares já foram ouvidos pelo Comando de Policiamento Regional - Central e as armas utilizadas pela guarnição foram preventivamente recolhidas e serão enviadas ao Departamento de Polícia Técnica para serem submetidas à perícia. Denúncia - Segundo o irmão da vítima, Marivaldo Silva, Nelson foi assassinado por policiais das Rondas Especiais (Rondesp). Nesta terça, Marivaldo levou o projétil que atingiu seu irmão para a 11ª Delegacia, onde prestou queixa. Hoje pela manhã também houve protesto dos moradores, que acusam os policiais de tratarem todos como "vagabundos". Este é o terceiro caso em menos de um mês em que a Polícia Militar é acusada pela população de ser responsável por uma execução - dois jovens músicos foram mortos nesta semana em Itapuã, segundo a polícia depois de reagirem a uma abordagem. A assessoria da PM informou que os policiais envolvidos no caso de Itapuã estão afastados da rua, trabalhando em funções administrativas.
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