Na reta final das eleições, o vale-tudo das campanhas chega a entidades e pessoas comuns que, por conta própria, desenvolvem estratégias, como a confecção de panfletos, para ganhar votos ou dissuadir os eleitores do concorrente.
É isso que tenta fazer um panfleto distribuído num supermercado de Salvador na semana passada. Ele atribui à candidata Dilma Rousseff (PT) a pecha de comunista antidemocrática, terrorista e a acusa de mentir sobre sua opção religiosa.
Sem identificação do autor, a peça também acusa a presidenciável de “ficha-suja”, de ter tentado chegar ao poder “na bala” e de ter participado de assassinatos, antes de exaltar qualidades do concorrente José Serra (PSDB).
Já um boletim informativo do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Candeias (Sinticcan), com tiragem de 12 mil exemplares, foi distribuído com o seguinte título: “Eleger Dilma Presidente: uma questão de honra para os trabalhadores”.
Para o advogado eleitoral Ademir Ismerim, as duas peças desrespeitam a Lei Eleitoral (9.504/97). “Estão irregulares porque, segundo a lei, as propagandas devem ser feitas apenas pelas campanhas, identificadas com o CNPJ e tiragem”, afirma. “O caso do sindicato é agravado porque a lei proíbe que eles se posicionem”, esclarece.
Anti-Dilma - “Dilma Rousseff foi guerrilheira e se envolveu com: assalto à mão armada, assassinato e sequestro”, relata o texto do panfleto anti-Dilma. “Eu votei em Lula! Mas NÃO VOTO em BANDIDO, em CRIMINOSO”, continua (grifo dele). O material é impresso em frente e verso de papel comum, formato A4 e não leva menção sobre o autor.
O PSDB baiano condenou a prática e negou autoria. O PT destacou quadros, como o senador eleito Walter Pinheiro, para combater supostos boatos como este.www.atarde.com.br
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