Foram indiciados hoje por tentativa de homicídio dois policiais civis que participaram de uma blitz no último sábado à noite, no Rio de Janeiro, e que atiraram contra um carro ferindo um juiz e duas crianças. O juiz federal do trabalho Marcelo Alexandrino da Costa Santos passava na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá e retornou com o carro ao ver a blitz, achando que era feita por bandidos.
A primeira versão dos agentes era a de que os tiros teriam partido de bandidos que estavam em um veículo fugindo da parada policial. Segundo perícia da Corregedoria Interna da Polícia Civil, foi confirmado que as balas que atingiram o juiz e sua enteada partiram do fuzil que estava com um dos agentes.
Em nota divulgada pelo hospital onde ele está internado, Santos afirmou que "nada há de mais aterrador do que a imagem de um agente público, que de nós deveria cuidar, disparando arma de fogo, com a intenção de matar, contra um casal de bem e suas crianças inocentes apenas para satisfazer seu desejo de exibir um poder que, fora dos limites legais, simplesmente não existe". O juiz agradeceu a solidariedade de todos e pediu orações para sua família.
Santos continua internado no Hospital Pasteur. Ele foi atingido no tórax e seu estado de saúde é estável. A enteada e o filho continuam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Cardoso Fontes e o estado de saúde deles é grave.A TARDE
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