Vinte e quatro óbitos por mês. Esta tem sido a média de mortos em ações das polícias Civil e Militar entre os meses de janeiro e setembro deste ano na Grande Salvador. Em 2009, a realidade foi ainda mais sombria: 402 pessoas morreram nas operações, média de 33 por mês.
O dado, divulgado com exclusividade ao A TARDE por uma fonte da Secretaria da Segurança Pública (SSP), é 92% maior que os 209 casos de 2007, e 34% superior aos 298 de 2008.
No total, foram 1.130 mortes em um ano e nove meses. Os números foram alvos de denúncia do A TARDE, mês passado, que ressaltou o aumento das mortes ao longo dos anos, de acordo com a fonte da SSP.
Categoria - Coordenador da Associação dos Praças e Bombeiros da Bahia (Aspra), Marcos Prisco defendeu a categoria e disse que muitos policiais sofrem de depressão devido ao alto risco enfrentado nas ruas e pela baixa remuneração profissional. Pelo menos mil PMs estão “encostados” no serviço médico, ressalta Prisco.
Entre as dificuldades enumeradas estão o trabalho com equipamentos vencidos e velhos e falta de viaturas. “Eles saem com coletes vencidos, quando saem com coletes”. Ele também falou sobre a falta de requalificação e dos riscos enfrentados pelos militares no policiamento ostensivo diariamente nas operações. Entre agosto e janeiro deste ano, 13 policiais foram mortos.
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