Assaltante escala e invade edifícios no Méier


Um assaltante que escala prédios e invade apartamentos está provocando medo nos moradores do Méier. Conhecido como Homem-Aranha, ele aproveita o horário noturno para levar pertences de suas vítimas enquanto elas dormem. A polícia ainda não sabe ao certo quem é o criminoso, mas tem uma forte suspeita: Darlan Rodrigues, de 27 anos. O assaltante costumava praticar esse tipo de crime na região até ser preso, em janeiro. Coincidentemente, depois que ele fugiu da Penitenciária Moniz Sodré, em outubro, esses assaltos voltaram a ocorrer no Méier.

Desde então, houve pelo menos três prédios invadidos no bairro. Um na Rua Barão de São Borja e dois na Rua Silva Rabelo. Porém, o número pode ser maior. Outros dois edifícios teriam sido invadidos nessa última rua e outro na Rua Magalhães Couto, mas as vítimas não registraram o fato. Ao ser preso, Darlan já havia invadido sete prédios no bairro. O criminoso costuma furtar laptops, jóias e dinheiro.

— Não é possível dizer com certeza que é o Darlan, mas tudo leva a crer que sim porque trata-se do mesmo modo de agir — diz Jayme, chefe de investigação da 23ª DP (Méier).

Vítima sente medo de retorno

Uma das vítimas do Homem-Aranha, na madrugada da última quinta-feira, Cláudia Menezes de Freitas, de 44 anos, teve jóias e dois laptops levados. O criminoso ainda assaltou o apartamento vizinho ao dela, que fica num prédio na Rua Silva Rabelo. O crime ocorreu entre 2h30m, quando a filha de Cláudia ainda estava acordada, e 5h15m, quando o vizinho percebeu o assalto. Cláudia perdeu todos os trabalhos da faculdade de enfermagem que estavam em seu computador pessoal. Além disso, ficou sem algo que cujo valor não é possível medir: a tranquilidade.

— Estou desesperada de como vou fazer para dormir agora. Tenho medo que ele volte — disse.

Na quinta-feira, PMs do 3º BPM (Méier) fizeram operação no Morro do Amor, no Lins de Vasconcelos, para tentar prender o criminoso fugitivo, mas não conseguiram localizá-lo. Após a fuga de Darlan, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) anunciou uma sindicância para apurar o fato. Segundo nota do órgão, a sindicância "encontra-se na corregedoria da Seap em fase de apuração. Estão sendo colhidos os depoimentos necessários para que o sindicante possa dar o parecer final".

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