Suspeito de ter matado Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, e jogado partes do corpo aos cães, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, se recusou a responder às perguntas feitas pela juíza Marixa Rodrigues, durante audiência no Tribunal do Júri de Contagem, na Grande Belo Horizonte, nesta sexta-feira. Ele respondeu apenas às perguntas de seu advogado. O ex-policial disse que estava tendo aulas numa faculdade no dia 10 de junho, data em que, segundo a Polícia Civil mineira, Eliza teria sido morta.
Vídeo exclusivo: Eliza acusa goleiro Bruno de agressão (outubro de 2009)
Bola disse ainda que o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações de Homicídios, pediu R$ 2 milhões para retirar o nome de alguns acusados do inquérito da morte de Eliza. O ex-policial afirmou que só conheceu os outros réus depois do início das investigações. Mas a polícia descobriu que há várias ligações de Bola para Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, braço direito de Bruno.
Fernanda mentiu à polícia
Ex-namorada do goleiro Bruno, Fernanda Gomes de Castro também depôs nesta sexta-feira. Assim como outros réus no processo, ela disse que mentiu em seu depoimento à polícia, quando afirmou que não havia se encontrado com Eliza. Fernanda disse que as duas estiveram juntas num dos jogos de futebol do time 100%, bancado por Bruno, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, e também na casa do goleiro no Rio, em 4 de junho.
Fernanda contou que, na noite do dia 4, recebeu um telefonema de Macarrão para ir à casa de Bruno. Quando chegou ao local, Macarrão pediu a ela que ficasse e cuidasse do bebê de Eliza. Segundo Fernanda, Macarrão contou que havia acontecido uma briga entre Eliza e o menor X., primo de Bruno, dentro de um carro. Ainda segundo Fernanda, o menor teria agredido Eliza por causa de algo que ela disse sobre Bruno.
Macarrão, que deveria prestar depoimento na quinta-feira, não quis falar e foi dispensado pela juíza. Ele afirmou nada ter a dizer.
A magistrada encerrou nesta sexta a fase de interrogatórios dos nove acusados. Ainda faltam os depoimentos de pelo menos três testemunhas que estão em São Paulo. Após esses depoimentos e as alegações finais do Ministério Público e dos advogados de defesa, a juíza vai decidir se os réus irão ou não a júri popular. A previsão é que a decisão seja proferida até 6 de dezembro.
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