Polícia já tem três suspeitos da morte de adolescentes

O delegado titular da 4ª CP (São Caetano), Omar Andrade, e o chefe do Serviço de Investigação, Pedro Calmon, estão confiantes de que não demoram a prender os assassinos das adolescentes Janaína Cristina Conceição, 16, e Gabriela Alves Nunes, 13, encontradas decapitadas na Av. San Martin, última sexta-feira. Eles têm três suspeitos, mas não revelam os nomes para, segundo alegam, garantir o êxito da apuração.

A polícia descobriu que as meninas, que tinham fugido de casa, foram à residência de uma mulher em Nova Divinéia, no bairro do IAPI, onde as garotas foram vistas pela última vez na quinta, 18, no final da tarde, antes de serem sequestradas. Elas foram torturadas e mortas quando estavam indo para uma festa no Retiro.

Segundo as investigações, teriam sido quatro assassinos, que conheciam a dona da casa. Nesta segunda-feira, 22, a mulher não foi encontrada, mas a polícia garante já conhecer a identidade dela. A polícia acredita que as jovens conheceram os criminosos através de sites de relacionamento. Os investigadores chegaram a três pessoas que possuem histórico de crimes contra o patrimônio e que estavam no local.

Nesta segunda, o delegado Omar Andrade ouviu os familiares das vítimas. Pela manhã, ele acompanhou o depoimento de Maria das Graças Fernandes, Cosme Raimundo Paranhos, e Flávia Alves, avó, avô e mãe de Gabriela, respectivamente. À tarde, o pai de Janaína, o sargente do Corpo de Bombeiros Ezardival Rubens Bassalo foi ouvido. No total, nove pessoas prestaram depoimento e a polícia recebeu 15 ligações para o Disque Denúncia sobre o caso.

Investigações - O delegado disse que o dono do chip de onde partiu a ligação dos sequestrados para a família das vítimas, Cleiton Alcântara de Jesus, 25 anos, não é considerado suspeito de participação no crime. Omar Andrade explicou que ele apresentou a ocorrência que ele registrou há um ano quando perdeu o chip. Após prestar esclarecimentos neste sábado, 20, Cleiton foi liberado.

A polícia também já localizou o carro utilizado pelos criminosos. De acordo com o delegado, o veículo foi roubado no dia 16 no Iapi e estava com placa clonada. O automóvel apresenta manchas de sangue.

O caso - Janaína e Gabriela foram sequestradas e mortas após supostamente fugirem de casa na tarde de quinta, 18. De acordo com familiares, Janaína deixou um bilhete avisando que estaria bem e manteve contato com parentes no mesmo dia da suposta fuga.

Mas na sexta pela noite, bandidos ligaram para a família da menina informando do sequestro e pedindo R$ 50 mil de resgate, além de duas armas. As ameaças aconteceram entre 19 e 23 horas. Janaína chegou a falar com o pai e confirmar a situação.

A polícia rastreou o celular utilizado para ameaçar a família e chegou, por volta de 23 horas, ao local onde os corpos foram encontrados. Além de terem sido decapitadas, as meninas apresentavam marcas de torturas, como facadas e unhas arrancadas.

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