Operacional, Carlos da Cruz Sampaio Júnior expôs os órgãos de Segurança do Rio de Janeiro e botou sete oficiais da Polícia Militar na berlinda. Concluída após 30 dias de apurações registrada em 400 páginas, a sindicância da PM punirá um capitão e seis oficiais superiores — patentes de major, tenente-coronel e
coronel. Ainda com direito a defesa, eles poderão sofrer desde advertência a anotação de detenção, o que compromete a ficha para promoção.
Presidida pelo coronel Paulo Augusto do Couto Mouzinho, a sindicância ouviu 30 policiais pelos batalhões em que Carlos da Cruz Sampaio Júnior transitou e onde teve acesso a documentos da instituição e aos
armamentos. A corregedoria da PM não revela o nome dos oficiais que cometeram a transgressão disciplinar.
— Mesmo sendo da Secretaria de Segurança, ele não poderia ter manuseado documentos e armas. Houve
a facilitação do acesso do Carlos da Cruz Sampaio Júnior dentro desses batalhões. Houve transgressão
disciplinar por parte de oficiais, por não adotarem procedimentos administrativos — afirmou o corregedor da
Polícia Militar, coronel Ronaldo Menezes.
No processo da sindicância, a PM tentou ouvir o “Coronel Caô” na carceragem da Polinter (Grajaú) para saber como teve acesso à áreas restritas dos quartéis e com quem mantinha relacionamento de confiança. Mas o falso militar se reservou ao direito de só falar em juízo. Além disso, o coronel Mouzinho buscou a todo instante indícios de favorecimento pessoal na empreitada de Sampaio Jr. como militar.
— Em momento algum ficou constatado que ele recebeu qualquer tipo de vantagem. Seja pecuniária ou de
prestação de serviço — disse o corregedor da PM.JORNAL O EXTRA
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