Após um histórico de priorização da coerção como combate à criminalidade, o Policiamento de Proximidade tem sido o novo direcionamento da atuação policial para alcançar a meta de redução dos índices de violência. Aliado a isso, recomenda-se a personalização da forma de lidar com a população levando em conta os problemas e demandas específicas de cada localidade.
Esse foi o tema do último dia de discussão do II Seminário Internacional Qualidade da Atuação do Sistema de Defesa Social, realizado nos dias 29 e 30 de novembro, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
“Não há uma receita bem-sucedida para ser aplicada em todos os lugares. As boas ações devem ser temperadas com a cultura e realidade local. Devemos pegar as boas práticas e adaptar o que for aplicável. Não copiar”, disse o gerente do Programa de Crime Organizado da Polícia Holandesa, Max Daniel, representante do Programa Integrado de Policiamento de Proximidade que se baseia no diagnóstico de problemas, plano de ação, implementação, avaliação e correção de erros desenvolvidos no país europeu.
Cidadão - O especialista em Segurança Pública da Universidade da Califórnia, Larry Gaines, endossa a estratégia. “Cada bairro tem expectativas e necessidades diferentes. Agir de forma única, trata sintomas e não a causa”.
É unânime a afirmação de que a nova cultura de segurança é feita em parceria com o cidadão. “O que a população espera, mas a polícia não faz, merece mais atenção. Para isso é só perguntar o que gostaria que a polícia fizesse. Conversar com o morador, o comerciante, fazer reuniões, aplicar questionário. Somos prestadores de serviço público e temos que saber o que querem da gente. Podemos ser duros, mas amigo de todos também”, afirmou Gaines.
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