Bases da PM ficarão em casas que eram do tráfico

Guilherme Pinto

A vista privilegiada de três prédios abandonados por traficantes na Chatuba e Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, e no Largo do Coqueiro, no Complexo do Alemão, vão servir como sede do Batalhão de Campanha da PM. Um edifício de três andares no Largo do Coqueiro, em frente à estação do Itararé do teleférico, pertencia ao traficante Marcelo da Silva Leandro, o Marcelinho Niterói, que está foragido. Em outro imóvel, também de três pisos, localizado na Rua Jaques Maritaim, antiga Rua 14, na Vila Cruzeiro, morava o traficante Marcelo da Silva Soares, o Macarrão, que está sendo procurado pela polícia.

— Os policiais militares vão usar esses pontos para conhecer a região e os moradores — afirmou, ontem de manhã, o coronel Mário Sérgio Duarte, comandante-geral da corporação, em visita ao prédio do Largo do Coqueiro.

O edifício possui piscina no terraço, churrasqueira, quarto com um espelho de teto, suíte e uma visão panorâmica da comunidade.

— O importante é que os moradores estão em paz com a polícia — reforçou o tenente-coronel Márcio Vasconcellos, comandante da base no Largo do Coqueiro.

A PM ainda estuda a implantação de outras bases nas favelas Nova Brasília, da Fazendinha e da Grota.


‘Macarrão virou miojo’

O traficante Macarrão morava com a família no prédio de três andares na Vila Cruzeiro. Com a fuga, na véspera da ocupação policial, ele também deixou para trás uma vida de conforto. Com três TVs LCD e cama box king size no quarto, ele construía uma piscina no terraço. A petisqueira Boca a Boca, que também pertencia ao traficante, ficava no térreo. Numa das paredes da sala, no primeiro andar, havia uma pichação: “Macarrão virou miojo”, dizia o recado, com tinta spray.

Macarrão era um dos homens de confiança do traficante Fabiano Atanasio da Silva, o FB, um dos chefes do tráfico.

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