No domingo, dia 5, foi o dia que marcará a história das queimadas nas serras de Jacobina, especificamente as Serras do Coxo de Dentro, que ardeu em fogo nos dias 5 e 6, mas graças a Deus no dia 7 deu uma pequena chuva e apagou o incêndio de grandes proporções e prejuízos irrecuperáveis para a natureza e para as pessoas que vivem naquelas comunidades e têm as serras como fonte de riqueza (beleza, água, paisagem e extrativismo).
Não sei por que nenhum blog da cidade que às vezes taxam até de malucos os que provocam fogo nas Serras, mas quando tiveram notícias de que o foco do incêndio veio da mineração conhecida como “Mina do Coxo”, que já foi propriedade do ilustre conterrâneo José Facho que passou a HStern e recentemente adquirida por um novo grupo. Não foi publicado nada, talvez para não perderem a fatia de comerciais que rolam nos blogs, principalmente os que dizem que não tem o rabo preso.
A Mina do Coxo que produz uma das mais belas Ametistas do Brasil era de propriedade do Grupo Financeiro HStern, que é uma das maiores redes de joalherias do mundo, e que segundo algumas pessoas da cidade e da comunidade relatam que a Mina do Coxo foi adquirida por um grupo de neojacobineses que vêm na antiga mina um bom negócio para investimento.
E, segundo depoimentos de pessoas da comunidade quem tem estado à frente da reativação da Mina do Coxo é o Sr. Peixoto, ex-chefe de segurança da Yamana Gold.
A professora da Uneb Kátia Leite, residente na comunidade do Coxo de Dentro e pertencente à Associação daquela comuna, relata que os prejuízos são incalculáveis e que não há como recuperar em médio prazo os prejuízos para aquela biota, que é o conjunto de seres vivos, flora e fauna, que habitam ou habitavam um determinado ambiente geológico, além de que grande parte dos moradores daquelas comunidades tem no extrativismo de babaçu, mangaba e outros uma de suas fontes de sobrevivência.
Durante a entrevista que a Profª Kátia Leite concedia a uma emissora local, uma senhora entrou no ar através de telefone, e, em prantos se identificou como moradora da região e se identificou como a mãe do funcionário da Mina do Coxo que teria provocado o incêndio, quando em práticas irregulares de manejo na área da mineradora pôs fogo em algum material.
Declaro que fiquei sensibilizado com a senhora pela preocupação quanto à responsabilidade de seu filho, porém no Direito Ambiental existem alguns princípios básicos que é prevenção, precaução e poluidor pagador e com certeza o estado através do IMA – Instituto do Meio Ambiente, o município (que nem lá apareceu nos dias do fogo) se não se pronunciarem, com certeza o Ministério Público da Bahia deverá se pronunciar e saberá punir os donos dos investimentos, mesmo sabendo que mais uma vez aparecerão os factoides divulgando o que divulgaram com a FPI – Fiscalização Preventiva Integrada, alegando apenas o fechamento de mineradoras.Por Almacks Luiz Silva - Bel. em Gestão Ambiental/ Blog: http://www.almacks.blogspot.com
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