Uma ação cautelar para proibir a presença de jegues e outros equinos na festa a Lavagem do Bonfim, que será realizada na próxima quinta-feira, 13, foi ajuizada na noite deste sábado, 8, no Fórum Especial Criminal pela Ordem de Advogados Seção Bahia (OAB-BA) e pelas organizações não governamentais Terra Verde Viva, Animal Viva e Célula Mãe.
A ação denuncia a Prefeitura de Salvador e a Empresa Salvador Turismo (Saltur) pela ocorrência de maus tratos e falta de fiscalização do tratamento dedicado aos animais na edição da Lavagem do Bonfim ano passado e pede a proibição da presença dos animais na festa.
No ano passado, uma ação liminar com o mesmo objetivo foi acatada parcialmente pela Justiça. O então juiz substituto da 8ª Vara da Fazenda Pública Mário Albiani Júnior liberou a presença dos equinos, conforme a tradição da festa, mas determinou que a Prefeitura fiscalizasse para que não houvesse maus tratos.
Desta vez, as entidades proponentes da ação apostam no vídeo documentário "O animal na terra da felicidade", produzido ano passado, como prova no processo, para mudar a decisão da Justiça. "Não houve nenhuma fisalização. Vimos animais feridos, sem água e sem comida, submetidos a condições horriveis. Acreditamos que não pode prevalecer cultura que desrespeite a vida", afirmou a advogada e presidente da Terra Verde Viva.
O presidente da Saltur, Cláudio Tinoco, afirma que só tomará medidas no sentido de proibir a presença dos equinos se houver uma decisão judicial que determina isso: "Sou totalmente contra a ação, sobretudo no tempo em que ela está se propondo, mas à decisão judicial só resta o cumpra-se". Apesar disso, Tinoco reconhece que a Prefeitura não realziaou a fiscalização determinada ano passado. "A decisão não disse que órgão da Prefeitura deveria fazer essa fiscalização. Nós, da Saltur, não temos pessoal capacitado para esse tipo de ação", defendeu-se.
Assista ao documentário "O animal na terra da felicidade", apresentado como prova dos maus tratos sofridos pelos animais na Lavagem do Bonfim:
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