Com o lançamento da Mansão Wildberger, na Vitória, o mercado imobiliário vive a expectativa de ver o preço do metro quadrado em Salvador bater pela primeira vez os
R$ 10 mil. É um novo marco em um mercado limitado. Os empreendimentos de alto padrão e alto luxo representem entre 5% e 10% dos lançamentos. Com o metro quadrado entre R$ 8 mil e R$ 10 mil para empreendimentos de luxo, a capital baiana tem a 4ª metragem mais cara do Brasil, de acordo com dados da franquia imobiliária RE/Max.
À frente de Salvador estão o mercado paulista, onde o metro quadrado está entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, seguido pelo Rio de Janeiro, entre R$ 15 mil e 18 mil, além de Brasília, com média de R$ 15 mil. “Apesar dos preços, que afastam muita gente, sempre existe demanda”, garante o diretor regional da RE/MAx, Diogo Francischini.
Existem diferenças entre o alto padrão e o alto luxo. A principal delas está na faixa de preços. No alto padrão, o preço das unidades varia dos R$ 700 mil a R$ 1 milhão. Acima disso, considera-se alto luxo. Mas há outros fatores para explicar a diferenciação.
“Quem compra luxo paga para ter status, é como a pessoa que opta pela compra de uma Ferrari ou uma Mercedes”, compara Francischini.
Requinte é uma palavra que explica bem o que o comprador procura. Uma planta bem distribuída, em um endereço tradicional, na imensa maioria das vezes. A Vitória, da Mansão Wildberger, pode ser citada como um dos melhores exemplos. Além dela, o Horto Florestal, o Alto do Itaigara e a Barra, com o Morro Ipiranga – a mais nova descoberta do mercado.
Para o diretor regional da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário, Carlos André Hiltner Almeida, é natural que os mercados de alto padrão e alto luxo se mantenham fortes. “Independente de se tratar de uma parcela pequena da sociedade, precisamos nos lembrar que a ascensão social se dá em todas as classes”, diz.
A chegada de pessoas da classe B para a A estaria alimentando o mercado de luxo. “Talvez esteja na hora de rever a divisão de classes no País, porque nós já vemos no dia a dia que existe A, existe AA e existe o padrão de consumo AAA”, comenta.
A Queiroz Galvão está apostando justamente em um dos endereços que desponta entre os preferidos do público de alto luxo: o Morro Ipiranga. No Orizon View Houses, as unidades custam a partir de R$ 1,9 milhão. “Estamos com 60% do empreendimento vendido, o que é excelente em relação ao mercado”, diz. No bojo dos lançamentos previstos para este ano, a Queiroz Galvão pretende lançar um empreendimento com unidades na faixa de R$ 1 milhão.
Detalhes importantes - A escolha do economista Luiz Souto, 43 anos, mostra como os detalhes fazem toda a diferença nas operações com imóveis de alto padrão. Casado recentemente, ele tem um filho, e a esposa tem uma filha. “Nós estávamos buscando um local com quatro quatros, de preferência quatro suítes, e uma boa área de lazer para as crianças”, lembra. Tinha que ser entre 170 e 190 metros quadrados. Para completar, a família tem uma relação especial com o bairro do Itaigara. “Vimos muita coisa antes de escolher”, lembra. Em alguns, o espaço não era o desejado, em outros o imóvel estava em outro bairro''Só fechamos quando encotramos exatamente o que a gente procurava"" garante
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