RISCO
Reportagem publicada na edição deste sábado da Folha mostra que um estudo encomendado pelo próprio Estado do Rio de Janeiro já alertava, desde novembro de 2008, sobre o risco de uma tragédia na região serrana fluminense.
A situação mais grave, segundo o relatório, era exatamente em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, os municípios mais devastados pelas chuvas e que registram o maior número de mortes. Essas cidades tiveram, historicamente, o maior número de deslizamentos de terra.
O estudo apontou a necessidade do mapeamento de áreas de risco e sugeriu medidas como a recuperação da vegetação, principalmente em Nova Friburgo, que tem maior extensão de florestas.
O secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que o mapeamento de áreas de risco foi feito, faltando "apenas" a retirada dos moradores, e que os parques florestais da região também foram ampliados.
VERBA
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira o envio de R$ 100 milhões para ajudar as cidades serranas do Rio, informou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. O dinheiro faz parte de um total de R$ 780 milhões liberados por Dilma, por meio de medida provisória editada na quarta-feira (12), para as cidades e Estados prejudicados pelas chuvas.
O governador Sérgio Cabral afirmou ontem que haverá o momento de se fazer "autocrítica" e "avaliação" sobre a tragédia na região serrana. Mas, para ele, este não é o momento.
"A hora é de arregaçar as mangas e ajudar a essas famílias. É máquina, bombeiros trabalhando. Sempre tem a hora de fazer avaliação. Tem que se fazer uma autocrítica, por que se permitiu fazer tudo isso. Mas agora é resgatar corpos e ajudar famílias desabrigadas. Não vamos perder tempo nesse momento", disse o governador, em visita ao bairro Caleme, em Teresópolis, um dos mais atingidos por deslizamentos e cheias de rios.
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Vítimas da chuva buscam doações em Nova Friburgo, na região serrana do Rio |
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