Somália: medo da mulher ou do técnico Joel Santana?



Jogador, que havia dito que foi sequestrado, é filmado pelo circuito interno de segurança do prédio onde mora

Não se sabe se por medo da esposa Renata ou do técnico Joel Santana, mas, segundo a polícia, Somália mentiu ao informar que sofreu sequestro-relâmpago na quarta-feira de manhã, quando deveria se reapresentar ao Alvinegro. Os policiais desconfiaram do volante durante o depoimento na 16 DP (Barra da Tijuca), tido como contraditório. Então, checaram o circuito interno de TV do prédio onde o jogador mora e encontraram evidências de uma farsa que pode até render a Somália de um a seis meses de detenção por falsa comunicação de crime.

De acordo com as imagens, o volante chegou em casa às 3h56m da madrugada — cinco horas antes do treino, marcado para às 9h, no Engenhão. Testemunhas teriam visto Somália na orla da Praia da Barra momentos antes de ele retornar ao prédio. Posteriormente, o vídeo flagrou um inquieto Somália no elevador às 8h48m com o cordão e o relógio que, na DP, alegou terem sido roubados. Após duas voltas ao apartamento, reapareceu no elevador às 9h05m já sem o cordão e o relógio. Numa das idas e vindas, foi pego no elevador retirando dinheiro da carteira. Às 9h07m, Somália pegou o carro e foi prestar depoimento, quando afirmou à delegada ter sido rendido pelos bandidos às 7h.

Botafogo não defende


Informado da farsa, o Botafogo soltou uma nota oficial esclarecendo que ainda ouviria Somália antes de tomar qualquer decisão. E que o jogador ficaria responsável pela contratação de um especialista para defendê-lo — seu novo depoimento foi marcado para quarta-feira, às 9h.

O gerente de futebol alvinegro, Anderson Barros, admitiu que o volante possa ter mentido para não ser punido em razão da falta na reapresentação. Nestes casos, a multa é de 40% do salário. Segundo o dirigente, Somália foi multado algumas vezes em 2010 por atrasos para treinos.

— Uma falta na apresentação seria muito grave. O Botafogo concedeu exatos 30 dias de férias. Podemos cobrar — disse Anderson Barro

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