A menos de uma semana do Carnaval, um tema entra em pauta na cidade: o enfrentamento à exploração sexual no período da festa. Com apitos em punho e camisas com a frase “exploração sexual não é turismo, é crime”, cerca de 80 pessoas de instituições ligadas às causas das crianças e adolescentes participaram de uma caminhada, neste sábado, do Porto da Barra ao Clube Espanhol.
“Os índices de violência e abuso sexual aumentam 30% no mês do Carnaval, em comparação ao restante do ano, só que isso fica diluído na própria festa”, avalia a diretora do Serviço de Atenção a Pessoas em Situação de Violência (Viver), da Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP), Débora Cohim, que organiza o movimento.
Crianças - Segundo Débora, a instituição atende a cerca de 85 casos por mês, sendo que 73% das vítimas têm entre 0 e 18 anos. “A exploração sexual está relacionada à situação econômica delicada das famílias, que muitas vezes permitem para melhorar o rendimento”, explica a psicóloga do Viver, Luisi Quadros.
Estudante da 7ª série, Albert Ribeiro, de 13 anos, fez questão de acompanhar a mãe, também funcionário do Viver, na caminhada. “Apoio a causa contra a exploração sexual. É bom para chamar a atenção das pessoas e evitar mais vítimas”, diz o garoto.
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