A polícia investiga as circunstâncias da morte do funileiro Miguel Teixeira Barros, 57, assassinado com seis tiros, no Jardim Campo Verde, na região do Centro Industrial de Aratu (CIA). Uma adolescente de 15 anos, filha da vítima, e a enteada de prenome “Claudia” são apontadas como mandantes do crime, executado por dois traficantes conhecidos como “Lucas” e “Neném”, que atuam naquela área.
Ao ser ouvida pelo delegado Antônio Carlos Santos, na 8ª Delegacia, a adolescente apontou “Claudia” como mandante do crime. Segundo a garota ela costumava dormir num quarto com mais duas irmãs e a enteada do pai. Na noite anterior ao dia do crime, ela teria acordado com o pai acariciando suas partes íntimas. Ela disse acreditar que o funileiro a confundiu com “Claudia”, pois haviam trocado de cama naquele dia.
Na manhã seguinte, a adolescente contou o que havia ocorrido e “Claudia” teria lhe confessado que era abusada pelo padrasto e chegou inclusive a manter um relacionamento amoroso com ele. “Claudia” então procurou pelo traficante de prenome “Lucas”, namorado da adolescente, e contado sobre a suposta investida do pai à garota.
Líder
A polícia apurou que “Lucas” procurou o líder do tráfico naquela localidade, conhecido como “Neném”, e ambos combinaram a execução do funileiro, sob o pretexto de que estupradores não eram bem-vindos na região. A dupla emboscou Miguel num terreno baldio próximo a casa da vítima e o alvejou com tiros no rosto e pescoço.
Em depoimento, a adolescente disse ter pedido ao namorado para dar apenas um susto no pai e “Claudia” teria ordenado o assassinato. Familiares de Miguel foram ouvidos e disseram não acreditar na hipótese de abuso sexual levantada pela garota, tida como rebelde na comunidade. Ela está à disposição da Justiça na Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI) e a enteada, 18, está presa na 9ª Delegacia (Boca do Rio). A polícia busca agora localizar o paradeiro dos traficantes “Lucas” e “Neném”.
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