Moradores que conversavam e bebiam cerveja na Travessa São Roque, em Pernambués, foram surpreendidos neste sábado, 12, por volta das 15h30, com ação violenta supostamente realizada pelo soldado da PM Roberto Paim. O militar que, segundo testemunhas, portava um revólver 38 e outro de calibre 40, fez três disparos na rua, quando transitavam crianças e idosos, atingindo um veículo Palio que estava estacionado.
Outras duas motos de moradores também foram danificadas pelo policial que, após efetuar os disparos, evadiu-se do local. Segundo os moradores, que vieram à redação de A TARDE para realizar a denúncia, Paim estava visivelmente alcoolizado e dizia que os moradores “o estavam tirando como otário”, contou um dos denunciantes, que preferiu ter a identidade preservada.
Os moradores informaram que entrarão com denúncia da Corregedoria da Polícia Militar contra o soldado que, afirmam, há pelo menos quatro anos vem procedendo violentamente contra os moradores. “Esta não é a primeira vez que ele faz isso. Ele vem ´tocando o terror´ aqui há pelo menos cinco anos”, contou uma das moradoras, que também presenciou a ação.
Ameaças - Uma das vítimas contou que outras denúncias e queixas em delegacias foram realizadas. Entretanto contam que o policial, que mora na Rua Nair, transversal à Travessa São Roque, ameaçou de morte os queixosos. “Mas dessa vez não podemos ficar reféns do medo. Hoje ele atirou, atingiu um carro, mas poderia ter atingido uma pessoa. Ele estava bêbado”, contou um dos moradores. Roberto Paim teria também destruído instrumentos de um grupo de percussão.
O tenente PM Mário César, da assessoria de imprensa da Polícia Militar, informou que a 1ª Companhia de Polícia Militar tomou conhecimento do delito. Segundo a assessoria, policiais fizeram uma diligência até o local, mas não encontraram o policial denunciado para efetuar a captura. Os policiais da Companhia instruíram os moradores a se dirigirem à Corregedoria.
“Sendo feito isso, será aberta uma sindicância para verificar se a autoria dos disparos é do policial militar”, disse o tenente Mário César
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