Após horas de impasse, a barraca Sol de Ipitanga, localizada na praia de Ipitanga, em Lauro de Freitas, foi derrubada na manhã desta terça-feira, 26. O estabelecimento foi o último a ser demolido na ação da prefeitura de Salvador que levou ao chão 35 barracas de praia, em cumprimento à determinação do juiz Carlos D'Ávila. A derrubada aconteceu após ação da polícia, que teria jogado spray de pimenta na aglomeração de pessoas posicionadas no local impedindo a demolição da estrutura. Pessoas que estavam dentro do estabelecimento foram atingidas, incluindo crianças, o que gerou confusão e empurra-empurra. A prefeita Moema Gramacho foi retirada à força da barraca, onde havia se posicionado desde o começo da manhã. Após a derrota nas negociações, Moema disse que "já que João Henrique mandou demolir a barraca, espero, ao menos, que ele consiga tirar os entulhos com rapidez, diferente do que aconteceu em Salvador. Espero que ele, pelo menos, reconstrua a orla de forma satisfatória", declarou.
Já o superintendente da Sucom, Cláudio Silva, afirmou que foi obrigado a cumprir a determinação após comunicação de um oficial de justiça. Ele disse ainda que foi escoltado por dois policiais federais para que fosse possível proceder a demolição da última barraca. A controvérsia se estabeleceu desde as primeiras horas da manhã porque a barraca estava localizada no final do trecho de demolições, nas imediações do kartódromo de Lauro de Freitas. Segundo a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, a área pertence ao município que administra, o que impossibilitaria a ordem de derrubada. A demolição foi acompanhada pela prefeita, pelo titular da Sucom, Cláudio Silva, pelas polícias Militar e Federal e pela Guarda Municipal de Salvador. Mudança – Das barracas que funcionavam na orla de Ipitanga, 22 serão transferidas temporariamente para um estacionamento em frente ao local onde ficavam as barracas, que já está sendo chamado de “Passarela do Caranguejo”. Para as demais, que ficam no trecho pertencente a Lauro de Freitas, permanecem os planos de criação do Polo Turístico e Esportivo de Lauro de Freitas, que deve ter obras iniciadas no mês de junho com previsão de conclusão em oito meses. A exploração do espaço será definida por meio de licitação pública. De acordo com Carlos Fritsch, presidente da Associação dos Barraqueiros de Praia de Ipitanga, os comerciantes se manifestam silenciosamente, com um café da manhã. "Não temos o que reivindicar, já que conseguimos o que não foi possível em Salvador, que foi manter uma forma de subsistência", afirmou. Dono da barraca Cabana Atlântica, primeira da orla de Ipitanga, Gildázio Ribeiro reclama que não pôde ficar no estacionamento, porque seu estabelecimento ficava na área de Salvador. "Consegui tirar boa parte dos equipamentos, mas algumas coisas ainda ficaram. Vou recomeçar, mas terei que alugar um local", disse. Fritsch esclareceu que, como o espaço provisório para funcionamento das barracas montado pela Associação dos Barraqueiros e com apoio técnico da Prefeitura de Lauro de Freitas, só tinha capacidade para 22 boxes, a própria associação e o governo municipal conseguiram um novo espaço para outras sesis barracas, nas imediações do kartódromo. |
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