Testemunhas são ouvidas em caso de agressão policial em Salvador

Mais cinco pessoas foram ouvidas nesta terça-feira (10) pela delegada Overanda Oliveira, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que investiga o flagrante de agressão de um Policial Militar à sua amante de 19 anos, ocorrida na noite da segunda-feira (9). Três policiais, a mãe da vítima e o irmão do agressor compareceram à delegacia, localizada no bairro de Periperi.

A delegada disse que pretende ouvir ainda a avó da vítima. Segundo ela, a avó poderá esclarecer se o PM batia ou ameaçava a vítima com frequência. Por conta de problemas de saúde, a senhora ainda não pôde prestar depoimento.

A polícia tem 30 dias para finalizar o inquérito, caso não seja prolongado. A depender dos indícios das investigações, a delegada poderá abrir um pedido de prisão preventiva ou temporária contra o suspeito, que responderá por lesão corporal com base na lei Maria da Penha.

O PM tem 28 anos e é lotado na 35° Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), no Iguatemi, em Salvador. O delegado Silvino Martins, que flagrou o incidente, avalia que o suspeito agiu dessa forma por achar que ficaria impune. "Ele quebrou os lábios, a cabeça e o corpo dela deveria ter hematomas. Ele deflagrou, deferiu muitos murros. Pode ser que isto daqui não seja crime, mesmo porque ela não é filha de delegado, de um juiz, de um promotor, talvez se fosse isto seria tipificado como crime", desabafa o delegado.

De acordo com a assessoria da Polícia Militar, o caso não se configura como crime militar porque não aconteceu nas dependências da polícia, além do agressor não estar fardado no momento da ação. A PM ainda informa que se ficar comprovada a agressão, será aberto um processo disciplinar.

O caso

O Policial Militar foi detido por agentes e delegado da 5° delegacia, Silvino Martins, em ato de agressão a uma mulher, na região da Estrada Velha de Periperi, na noite de segunda-feira (9). O homem foi preso em flagrante e encaminhado à Deam, mas logo em seguida liberado da delegacia do bairro, já que a vítima não quis registrar ocorrência. As informações são do G1

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