MP denuncia envolvidos em morte de jovem

Um advogado e sete policiais militares foram denunciados nesta quarta-feira, 8, pelo Ministério Público Estadual (MPE) pela morte do adolescente Danilo Uillian Carvalho de Oliveira, após uma perseguição na madrugada de 22 de janeiro deste ano no município de Caetité, a 757 km de Salvador.

O autor da denúncia por homicídio qualificado, promotor de Justiça Anderson Freitas de Cerqueira, solicita medida cautelar de suspensão da função pública dos policiais militares André Lázaro de Oliveira, Paulo Roberto Suzarte, Cláudio de Souza Alves, Flávio Antônio do Bonfim, Rosalvo Maia da Silva, Edenilton Teles e Roberval Soares Santos.

O advogado William Fernandes Pessoa vai responder por homicídio culposo, por estar na direção do veículo automotor durante a perseguição, considerada desastrosa pelo promotor. Até o momento, nenhum dos denunciados se manifestou sobre a ação, que tramita na Justiça de Caetité.

Para fundamentar a acusação, o MPE explicou que a vítima juntamente com outro adolescente, identificado como Euvaldo Alves Ladeia Quarto, fugiam de uma abordagem policial no município de Igaporã e seguiram em um automóvel até a cidade de Caetité.

Alertados pela polícia de Igaporã, os policiais teriam montado uma barreira na altura do Trevo do Brás, na entrada de Caetité. “Danilo, que estava conduzindo o veículo, furou o bloqueio policial e dirigiu-se para o centro da cidade, sendo seguido pela viatura da PM, em perseguição por diversas vias públicas”, completa o promotor.

Segundo o Ministério Público, os policiais André, Paulo Roberto, Cláudio e Flávio Antônio algemaram e colocaram os detidos no chão, efetuaram revista neles e passaram a espancá-los, colocando-os em seguida no camburão da viatura.

Os policiais Rosalvo, Edenilton e Roberval, que se encontravam de folga e à paisana, chegaram ao local, de acordo com a denúncia. “Após se informarem do ocorrido, passaram igualmente a espancar violentamente os detidos. Em razão dos golpes recebidos, Danilo acabou por sofrer traumatismo raquimedular completo na coluna cervical, que deu causa à sua morte”, sustenta o promotor, baseando-se em laudos periciais. Euvaldo, por sua vez, sofreu lesões corporais.

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