Uma batida que envolveu quatro veículos de carga provocou a morte de dois caminhoneiros, causando 21 quilômetros de engarrafamento e mais de cinco horas de espera na BR 116 Sul, nesta sexta-feira (22). Dois caminhões bateram de frente, em uma tentativa de ultrapassagem mal sucedida no quilômetro 486, na altura do povoado Maracanã, em Rafael Jambeiro, a 200 quilômetros de Salvador.
As vítimas, que morreram no local, foram Ildo Wolfardt, 52 anos (dirigindo o caminhão de placa IRI 4318, de Tenente Portela, Rio Grande do Sul) e Zacarias Guimarães Santiago, 50, motorista do caminhão de placa KFH 1653, de Recife, Pernambuco. O acidente aconteceu por volta das 11h20 da manhã.
Os bitrens se acidentaram ao não conseguir desviar da batida entre os dois caminhões. Um capotou na margem da rodovia e outro teve a cabine partida em duas. Ficaram feridos Nadir de Souza Santos e Pedro Luís Padilha da Rosa. Segundo o policial rodoviário federal, Rafael Oliveira, eles estavam conscientes e aparentemente tiveram ferimentos leves. Foram levados a um hospital da região.
Durante horas, a Via Bahia, que tem a concessão da estrada federal, fez a retirada dos veículos e das cargas de gesso e adubo que ficaram espalhadas na pista, totalmente interditada nos dois sentidos. A estrada só começou a ser liberada às 16h40. A frequência dos acidentes e a demora na liberação da pista, irritou os motoristas, que reclamaram do pedágio. A estrada é usada majoritariamente por caminhoneiros que passam semanalmente ou até mais de uma vez por semana.
“Isso aqui se chama assalto a mão armada”, protestou o caminhoneiro Ricardo Gaspar, mostrando que nem um acostamento em boas condições a BR 116 possui.
“Onde antes era buraco virou quebra-molas, porque o conserto foi mal feito”, acrescentou o colega Marcelo Santos. Ele reconhece que a pista melhorou, mas avalia que está longe do aceitável. Outra necessidade apontada é a terceira faixa, que facilitaria ultrapassar veículos lentos em trechos de subida enquanto não ocorrer uma duplicação.
No local os funcionários da concessionária Via Bahia dizem que não estão autorizados a falar. A equipe de reportagem do jornal A TARDE tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa, mas não obteve resposta.
0 Comentários