| | Shahbaz Bhatti | | PAQUISTÃO (11º) - A investigação sobre o assassinato de um ministro do governo paquistanês que criticava a rígida lei islâmica da blasfêmia está no “caminho certo”, segundo informações do irmão da vítima.
Shahbaz Bhatti, assassinado em março, era ministro para assuntos das minorias do Paquistão e fez campanha em favor dos direitos dos cristãos, mas foi morto a tiros em Islamabad – aparentemente por extremistas islâmicos.
“As investigações sobre o homicídio do meu irmão estão, finalmente, no caminho certo”, disse Paul Bhatti, atual assessor de governo no Paquistão para assuntos das minorias religiosas, à agência de notícias católica Fides.
“Ele foi vítima de fanáticos talibãs e islâmicos. Agora, estamos esperando para capturar os criminosos, que estão em Dubai”, disse ele. Paul ainda disse que investigadores determinaram que foi a Al-Qaeda, liderada pelo talibã paquistanês Ilyas Kashmiri. “Estávamos convencidos de que ele tinha sido assassinado por seu trabalho, por defender os direitos humanos e os direitos dos cristãos. A investigação apenas confirmou isso”, acrescentou o irmão da vítima.
Bhatti foi baleado ao sair da casa de sua mãe, em uma área residencial em Islamabad. A polícia disse que os agressores dispararam, pelo menos, vinte e cinco balas em seu veículo.
Uma carta foi encontrada na cena do crime, supostamente de adeptos da Al-Qaeda e dos talibãs paquistaneses, reivindicando a responsabilidade pelo assassinato.
Dois meses antes de Bhatti ser morto, o governador da província de Punjab, Salma Taseer, foi assassinado a tiros por um de seus guarda-costas, que citou a oposição do político à lei da blasfêmia como justificativa para o assassinato. |
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