Em março deste ano, policiais fortemente armados ocuparam comunidades do Nordeste de Amaralina, em uma operação que culminou na prisão de bandidos que comandavam o tráfico de drogas na região. Em 2009, esses homens entraram em ação para desativar artefatos explosivos instalados em módulos policiais da capital, dentro de uma onda de ataques contra a Polícia Militar.
Eles formam um efetivo de 43 homens e integram a Companhia de Operações Especiais (COE) da PM. São estes policiais que vão entrar em ação em eventuais casos de alto risco durante a Copa do Mundo de 2014.
Conforme o caderno de atribuições da Secretaria Nacional da Segurança Pública (Senasp) para o Mundial 2014 no Brasil, cabe à PM atuar em ocorrências envolvendo artefatos explosivos, controlar distúrbios civis, realizar a escolta das delegações e efetuar ações de primeira resposta a ataques terroristas.
Em eventos como a Copa, o risco de ataques são sempre levados em conta, mesmo em um País pacífico como o Brasil, uma vez que o evento concentra delegações visadas e milhares de pessoas em espaços específicos. A expectativa da Senasp é de que, em um mês, as 12 cidades-sede da Copa recebam cerca de um milhão de turistas.
Urgência - A TARDE visitou a COE na quinta-feira, 25. A unidade baiana equivale ao cinematográfico Bope (Batalhão de Operações Especiais) do Rio de Janeiro, a famosa “Tropa de Elite”, e deverá ser acionada em situações de urgência. “Em casos de terrorismo com bombas, temos homens preparados para atuar”, afirmou o tenente Cleiton de Jesus Carvalho, 29, atual comandante da COE.
A garantia dele respalda-se na preparação e experiência dos policiais. Todos os 43 homens já participaram de missões da Força Nacional de Segurança Pública, a exemplo do subtenente Marcelo, integrante do efetivo da força que fez a ocupação do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, durante a realização dos jogos Panamericanos de 2007.
Além disso, 35 policiais da tropa estão habilitados hoje para convocações pelo Batalhão Especial de Pronto Emprego (Bepe), unidade especializada da Força Nacional de Segurança. Entre estes, quatro já passaram pelo treinamento do Bepe, incluindo o comandante.
Entre os cursos de qualificação oferecidos no Bepe, está o de antibomba, ministrado por especialistas de Israel, que detém a melhor tecnologia na área. Cleiton também passou por missões de controle de fronteiras, entre Brasil e Paraguai, combatendo o contrabando de mercadorias, e fez especialização de táticas urbanas no Bope.www.atarde.com.br
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