A capital federal contabiliza hoje (18) 100
dias sem chuva. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia
(Inmet), os brasilienses ainda terão de esperar mais alguns dias para
deixar de sentir os efeitos da seca. A previsão é que as primeiras
chuvas ocorram a partir do dia 20. No entanto, segundo o meteorologista
Hamilton Carvalho, elas devem ter pouca duração e ser em pontos isolados
da cidade, o que não será suficiente para afastar o calor e o clima
seco que têm incomodado a população nos últimos meses. Em 2010, foram
registrados 128 dias sem chuva.
Nos últimos dias, a umidade relativa do ar, que chegou a ficar entre 10%
e 15% nas horas mais quentes do dia em agosto, vem aumentando e os
menores índices atingiram 20% com a chegada de nuvens carregadas a
estados da região central do país, como Goiás, Minas Gerais e Mato
Grosso. Esse percentual, entretanto, ainda caracteriza estado de
atenção, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A temperatura máxima também sofreu pequena queda nos últimos dias e
atingiu 27 graus Celsius (ºC). No domingo passado (11), os termômetros
registraram 33,4 ºC, a maior temperatura do ano na capital, segundo o
Inmet.
A população não vê a hora de dar as boas-vindas à chuva. “O que a gente
mais faz é usar o umidificador”, diz o aposentado Manoel Moraes, que
passou alguns dias no Rio de Janeiro para fugir dos incômodos da secura,
entre eles, tosse, cansaço e dificuldade de respirar.
“Este ano está mais seco. Vai ser muito boa [a chuva]”, acrescenta a também aposentada Elenice Ferreira.
O meio ambiente também sente os efeitos da seca. As queimadas destruíram
cerca de 35 mil hectares de vegetação – o equivalente a 35 mil campos
de futebol. A Floresta Nacional de Brasília perdeu, pelo menos, 25% de
sua área por causa de um incêndio.
O grande número de incêndios florestais levou o Governo do Distrito
Federal a declarar situação de emergência na semana passada. O decreto
tem vigência de 60 dias. Com isso, a Secretaria de Meio Ambiente, a
Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros terão facilidade de adquirir
equipamentos para controlar o fogo, como máscaras e abafadores. O
decreto perde a validade se cair o risco de novos focos de queimadas.
Para enfrentar a seca, uma das recomendações é beber, no mínimo, dois litros de água por dia.
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