— É um homem que alega absoluta inocência no caso. Ele ficou surpreso com a decretação da prisão e com a imputação de ser o mandante do crime. Até o começo da semana, era um policial que exercia um cargo de comando — disse o advogado.
O rápido diálogo ocorreu pouco depois da apresentação do tenente-coronel na DH, nesta terça-feira à tarde. Na ocasião, o policial militar também disse ao advogado que não acredita que o cabo Sérgio Costa Júnior tenha apontado o seu envolvimento no crime e mostrou tranquilidade.
— É um policial experiente e acostumado a passar por situações adversas. Ainda que esteja numa posição ingrata, ele acredita que os fatos sejam devidamente esclarecidos.
Em seguida, o tenente-coronel, que se apresentou sem farda no Batalhão de Choque, foi conduzido da DH ao presídio de Bangu 8.
Informações sobre o inquérito na DH
Depois da conversa, o tenente-coronel disse ao delegado Felipe Ettore, titular da DH, que só iria prestar depoimento assim que o advogado tiver acesso ao inquérito. O advogado Manuel de Jesus Soares deve ir à DH nesta quarta-feira à tarde, para tratar do assunto. Ele também buscará informações sobre o inquérito na 3ª Vara Criminal de Niterói.
— Depois disso, deve ser marcada outra data para que ele possa prestar declarações — explicou.
Advogado defendeu PMs na lista do jogo do bicho
A conversa na DH foi o primeiro contato entre o advogado e o tenente-coronel. Manuel de Jesus Soares foi contratado às pressas, por telefone, por familiares do cliente. O advogado, que atua há 41 anos na área criminal, já defendeu outros PMs na Justiça Militar. Em 1994, defendeu policiais militares que tiveram os nomes citados numa suposta lista do jogo do bicho. Na relação, havia um ex-comandante da Polícia Militar e um ex-chefe da Polícia Civil
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