Familiares de garota morta em Ilhéus protestam

Cerca de 30 parentes e amigos da adolescente Geisa Gabriela Marinho dos Santos fizeram no final da manhã desta quarta-feira, 21, um protesto no Centro de Ilhéus, sul da Bahia (a 462 km de Salvador), pedindo justiça pela morte da garota. A manifestação contou com um carro de som. Familiares também distribuíram panfletos informando sobre o crime que aconteceu em 9 de dezembro de 2004.
O ex-policial militar Eduardo Claudino Lindote de Santana, conhecido como sargento Lindote, é acusado de ser autor do crime e vai a julgamento na próxima quinta-feira, na cidade de Santo Antônio de Jesus.
De acordo com o advogado dos familiares de Geisa, Davi Pedreira de Souza, o julgamento deve acontecer na cidade de Santo Antonio de Jesus, já que a defesa do acusado entrou na justiça com um pedido de desaforamento (transferência) do julgamento, entendendo que se o crime fosse julgado em Ilhéus, onde os fatos aconteceram, a comunidade estaria envolvida emocionalmente, e o acusado já seria condenado de qualquer forma. “O que queremos é que a justiça seja feita, não importa onde”, declarou o funcionário público Gabriel Marinho dos Santos, 46, pai de Geisa.
Entenda o caso - Geisa, na época com 15 anos, foi encontrada na estrada de Sambaituba, distrito de Ilhéus. A garota foi estuprada e morta, e seu corpo foi jogado no Rio Almada. A vítima residia na frente da casa do Sargento Lindote, no bairro do Iguape, em Ilhéus. Ele é apontado como autor do crime e foi afastado pelo Comando da Policia Militar do Estado da Bahia, por meio de processo administrativo disciplinar. Ele hoje encontra-se preso no Conjunto Penal Lemos Brito em Salvador.
A TARDE tentou contato com o advogado que defende o Sargento Lindote, mas as ligações não foram atendidas.

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