Uma comitiva de juízes baianos viajará para Brasília com o objetivo de
pedir mais segurança aos magistrados no Dia Nacional de Valorização da
Magistratura e do Ministério Público, nesta quarta-feira, 21, data na
qual haverá uma mobilização para marcar a data, também na capital
federal. O ato está programado para começar às 11 horas no Salão Negro
do Congresso Nacional, seguido por uma caminhada até a Praça dos Três
Poderes, com concentração em frente ao prédio do Supremo Tribunal
Federal (STF).
O pedido de segurança para os juízes tem relação
direta com a morte da juíza criminal Patrícia Acioli, assassinada no dia
12 de agosto com 21 tiros na porta da casa onde morava em Niterói, no
Rio de Janeiro. Juíza titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi
responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a grupos de
extermínio nos últimos dez anos.
Na Bahia, os magistrados também
convivem com a insegurança. Segundo levantamento realizado pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Estado ocupa o terceiro em número
de juízes que solicitaram escolta policial, ficando atrás apenas do
Paraná, com 30,e do Rio de Janeiro, com 13. O resultado mostra que 10
juízes baianos, entre o segundo semestre de 2010 e o primeiro deste ano,
estavam sendo ameaçados.
A presidente da Associação dos
Magistrados da Bahia (AMAB), Nartir Dantas Weber, chamou a atenção para a
vulnerabilidade que estão sujeitos os magistrados. “No interior e na
capital, é muito difícil controlar a entrada de pessoas armadas em
audiências e julgamentos, faltam policiais nos fóruns”.
Remuneração –
A categoria também aproveita a ocasião para reivindicar questões como
Política Remuneratória (correção dos subsídios), Previdência Pública
(resgate da integralidade) e por condições mais dignas de trabalho.Tribunada Bahia
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