As presenças de Neymar, Leandro Damião e Ronaldinho não foram suficientes para a seleção
brasileira vencer o desentrosamento. A equipe de Mano Menezes fez uma
atuação fraca e apenas empatou sem gols com a Argentina, nesta quarta,
no estádio Mario Kempes em Córdoba. Os donos da casa tiveram mais posse
de bola e vontade.
Badalados inclusive do lado gringo, o trio que acumula o artilheiro do futebol brasileiro – Leandro Damião, o campeão
da América, Neymar, e Ronaldinho em recuperação, só conseguiu criar
duas jogadas. Ambas pararam na trave, após arremates de Damião. Na
jogada mais bonita do jogo, o goleador aplicou uma lambreta antes de
acertar o poste argentino.
Com o resultado, Brasil e Argentina deixam a decisão do “Superclássico das Américas” para o dia 28. Sem nenhuma vantagem. O vencedor da partida em Belém, no estádio do Mangueirão, fica com o troféu que substitui a antiga Copa Roca.
No time de Alejandro Sabella, figuras para lá de voluntariosas. Como os
atacantes Boselli e Martínez. Ambos, no entanto, acabaram saindo mais
cedo com lesões. A formação defensiva, baseada na equipe do Vélez Sarsfield também foi fato importante para segurar a equipe verde e amarela.
Nos primeiros 45 minutos, o plano de Mano Menezes não funcionou. A ideia
do técnico brasileiro de buscar entrosamento no meio-campo com Ralf e
Paulinho naufragou. Nem o trio ofensivo, com Neymar, Ronaldinho e
Leandro Damião ajudou.
Pelo contrário, quem teve mais força de ataque foi a Argentina, de
Alejandro Sabella. A rigor, a seleção brasileira só teve uma
oportunidade. Contra quatro dos donos da casa.
Boselli, até os 25 minutos, era o jogador mais perigoso. Tentando chute
de primeira, conseguindo antecipação para cima de Dedé ou Réver. Mas o
camisa nove acabou se lesionando e deu lugar para Gigliotti. Um alivio
para o sistema defensivo verde amarelo.
Na frente, o desempenho só não foi sofrível pela escapada de Neymar. Aos
12 minutos, o camisa 11 aproveitou vacilo da marcação, driblou dois
zagueiros e serviu Leandro Damião. O centroavante só desvio e acertou a
trave esquerda de Orión.
Antes do intervalo, Juan Martínez ainda bateu forte, quase do círculo
central, mas a bola passou ao lado esquerdo de Jefferson. Renato Abreu,
escolhido para dar mais experiência ao time – nas palavras de Mano,
pouco fez. Ronaldinho idem. Neymar era o único que buscava encaixar um
contra golpe. Porém sem sucesso.
Na etapa final, a Argentina se manteve no controle da partida. Só que
teve outra baixa significativa: Juan Martínez, um dos destaques, sentiu
uma lesão e foi substituído. A defesa brasileira, por sua vez,
continuava errando bastante. Gigliotti, aos 10, só não marcou porque
escorregou no meio da área.
Perto do apito final, já com Oscar no lugar de Renato Abreu, a seleção
se soltou um pouco mais. Coisa mínima. Ronaldinho chegou a trocar de
lado com Neymar. Mas nenhum dos dois foi capaz de formar boa dupla com
Damião.
A saída do dono de 40 gols na temporada foi tentar sozinho. Aos 31, ele
aplicou uma lambreta em Canteros, na ponta direita da área, e bateu por
cima. Orión ficou parado e foi salvo pela trave direita. Pela segunda
vez na partida.
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