AL está no vermelho e presidente quer cortar gastos

Marcelo Nilo, presidente da Assembleia, fala em medidas de emergência para recuperar saldo negativo
Marcelo Nilo, presidente da Assembleia, fala em medidas de emergência para recuperar saldo negativo
O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), anunciou a disposição de cortar  gastos para ajustar a situação econômica da Casa. Dentre as medidas em análise, está a supressão até o final deste ano de benefícios como a verba indenizatória de R$ 29 mil mensais por deputado e o auxílio combustível de R$ 6,5 mil. A verba voltaria a ser paga, inclusive retroativamente, com os recursos alocados no orçamento do próximo ano.
Contudo, o problema não seria resolvido. Como faltam apenas três meses para o final do ano, os cortes renderiam cerca de R$ 6,7 milhões – montante suficiente para cobrir apenas 30% do rombo nas contas.
Com um orçamento de R$ 303 milhões para 2011, aprovados na  lei orçamentária anual (LOA), a Assembleia vai precisar de pelo menos mais R$ 20 milhões para fechar o ano com as contas no azul. O pedido de suplementação ao orçamento já foi formalizado pelo presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT) ao governador Jaques Wagner, que ainda não se posicionou oficialmente sobre o tema.
Confiante na boa vontade do governador para com a Assembleia,  Nilo argumenta que a suplementação no orçamento da Casa é um processo natural, pois acontece todos os anos (no ano passado, foram mais R$ 50 milhões). E disse que, sob o seu comando, a Assembleia já reduziu os custos até o possível: “Somos a segunda Casa legislativa mais austera do País. Nosso custo por deputado é um dos mais baixos”.
Repercussão -  As medidas de emergência foram recebidas com contentamento, ceticismo e insatisfação por parte dos deputados. Enquanto alguns  confiam que a suplementação de recursos será feita pelo governador, outros acreditam que será preciso “apertar o cinto” para fechar o ano com as contas em dia.
Entre os gastos da Assembleia destacam-se  o aumento em 62% dos salários dos deputados, a criação de novas faixas com supersalários de até R$ 11 mil, além de gastos da ordem de R$ 12 milhões para pagamento de indenizações aos comissionados que deixaram seus postos com o início da nova legislatura.
O líder oposicionista Reinaldo Braga (PR) não vê problemas na suplementação do orçamento da Assembleia. “Se o orçamento não comportou as despesas, o único caminho é suplementar mesmo. Não dá para os deputados ficarem sem os recursos para o mandato”, destacou.Fonte ATARDE

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