Após 21 dias de paralisação, chegou ao fim, em assembleia
realizada na noite desta segunda,17, a greve dos bancários em todo o
país. A exceção ficou por conta do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), que segue parado com uma pauta própria de reivindicação.
Segundo o presidente da Federação dos Bancários dos Estados da Bahia e
Sergipe, Emanoel Souza, o reajuste salarial alcançado pela categoria
foi de 9% (aumento real de 1,5%, se descontada a inflação do último ano)
sobre todos os vencimentos, além da valorização do piso em 10%.
Além disso, haverá acréscimo também no pagamento da Participação nos
Lucros e Resultado (PLR), que passa a ser de 90% sobre o salário, mais o
valor de R$ 1.400, somado a 2% do lucro líquido da empresa, distribuído
de forma linear entre todos os empregados.
Para Souza, foram avanços importantes. “A greve é um movimento nacional, de difícil negociação. Mas considero importante o que conseguimos. A elevação do piso e da PLR, por exemplo”, disse ele.
Para o secretário geral do Sindicato dos Bancários da Bahia,
Olivan Faustino, a greve foi vitoriosa. “A propostoa não é a ideal, mas
há pontos positivos”, afirmou Faustino.
A votação pelo fim da greve, no entanto, foi marcada por vaias e
protestos por parte dos trabalhadores que acompanharam a assembleia.
Fim das metas - A proposta dos bancos, este ano,
incluiu ainda avanços sociais. Uma nova cláusula proíbe a divulgação de
rankings individuais dos funcionários, como forma de frear a cobrança
das metas abusivas e combater o assédio moral.
Os dias de greve também não serão descontados, mas serão compensados
em até duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, até o dia 15 de
dezembro. Assim como nos anos anteriores, um eventual saldo de horas
após esse período será anistiado.
A greve começou no dia 27 de setembro e chegou a paralisar 9.254 agências
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