A estudante de direito Rhanna Diógenes, 19 anos, teve o braço quebrado
após recusar as investidas de um rapaz em uma casa noturna de Natal. A
violência aconteceu na madrugada de 30 de setembro. A Polícia Civil
instaurou inquérito para investigar o ocorrido e já ouviu depoimentos da
vítima e de testemunhas. A agressão foi registrada pela câmera de
segurança da boate.
Rhanna estava na casa noturna com um casal de amigos e uma amiga. Ela
informou que o primeiro contato do rapaz com ela começou instantes antes
de ele quebrar seu braço. Após a agressão, o rapaz corre para o caixa e
paga a comanda apressadamente.
"Estava conversando com minha amiga em um sofá, quando ele se aproximou e
já tentou me beijar. Eu disse que não e me afastei. A partir daí, ele
começou a me xingar com palavras que me recuso a repetir."
A estudante informou ainda que saiu do ambiente da casa noturna e foi
para a pista de dança. "Foi aí que ele apareceu de novo, tentando me
beijar. Eu expliquei para ele que não o conhecia, que não era para ele
fazer aquilo. Ele agarrou meu braço com muita força, como que se fosse
me levar para outro lugar. Eu joguei o refrigerante nele e ele me
empurrou pelo braço até o chão."
Rhanna disse que o rapaz usou as duas mãos para quebrar seu braço. "Com
um ele me empurrava para o chão e com o outro ele puxou o braço para
cima. Só sei que a dor me fez ficar acordada, pois cheguei a desfalecer
no chão. Era muita dor. Vi meu braço virado e só pensava em segurá-lo,
meu braço ficou solto."
Ela contou que ainda viu um amigo do agressor ainda olhar para ela e
fazer um sinal negativo com a cabeça e sair atrás dele. "O agressor
estava com um amigo, que aparece nas imagens do circuito interno de
segurança da boate no caixa. Os seguranças da casa ainda tentaram correr
atrás dele, mas estavam mais preocupados com a gravidade da lesão em
meu braço e prestaram socorro."
O advogado de Rhanna, Sanderson Mafra, disse que está acompanhando o
inquérito policial para saber as medidas jurídicas que deverá adotar
contra o agressor. "Ele responde a uma ação penal, de agressão, movida
por sua ex-mulher. Após a repercussão do caso de Rhanna, a ex-namorada
do agressor nos procurou para informar que registrou dois boletins de
ocorrência contra o ex-companheiro."
O delegado Francisco Quirino Filho, da Delegacia Especializada em
Atendimento à Mulher, disse que pretende ouvir o agressor nos próximos
dias. "Queremos saber a versão dele sobre o ocorrido. Só após ouvir o
que ele tem a dizer que iremos saber como agir no âmbito da lei."
O agressor de Rhanna foi procurado pela reportagem, mas ele não atendeu aos telefonemas.
Fonte: G1
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