O morador de rua Antônio Conceição Almeida, o Grande, 43 anos, foi
apresentado à imprensa nesta quinta-feira, 13. Ele foi preso na
terça-feira, 11, por policiais militares do município de Nilo Peçanha, a
267 km de Salvador. Ele é acusado do homicídio ocorrido no último dia 3, no bairro do Pero Vaz, quando ateou fogo no vendedor de frutas Mario Sergio Cunha Santos.
Até a tarde desta quinta-feira, 13, a vítima estava internada
no Hospital Geral do Estado (HGE), com queimaduras em 80% do corpo. Hoje
ele não teve mais força para resistir às queimaduras e morreu. Santos
deixou mulher e duas filhas.
Segundo a delegada titular da 2ª Delegacia Territorial (DT),
Heleneci Souza Nascimento, Antônio agora vai ser indiciado por homicidio
qualificado com requinte de crueldade, por motivo torpe e sem possibilidade de defesa para a vítima.
Refúgio - Após o crime, o morador de rua fugiu para
Nilo Peçanha. Na terça-feira, ao ser flagrado fumando um cigarro de
maconha, ele foi conduzido à delegacia de Valença. Lá, verificado no
Portal da Secretaria de Segurança Pública (SSP) a ocorrência do crime
contra Mário Sérgio.
Em depoimento à delegada, Grande disse ter cometido o crime por
acreditar que Mário Sérgio teria dito ao dono da padaria onde o acusado
trabalhava e dormia que ele usava drogas no local.
Três meses depois deter sido impedido de dormir na padaria, Grande
voltou à Travessa Bonfim, no bairro Pero Vaz, jogou gasolina e incendiou
Mário, que estava de costas. “Ele disse que foi uma coisa que deu na
mente na hora, e era um meio fácil de tentar matar a vítima”, relata a
delegada.
Passado - Almeida já esteve preso, em 2009, por atear fogo à casa onde morava com a ex-companheira,
também no Pero Vaz, depois de uma discussão. A mulher não estava na
casa. Ele é acusado, ainda, de agredir o funcionário de um bar, também
no Pero Vaz, usando um pedaço de madeira.
Grande foi transferido para Salvador por investigadores da 5ª
Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), em Valença, e
encontra-se custodiado na carceragem da 2ª Delegacia Territorial (DT), à
disposição da Justiça.
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