O preço do vandalismo

As praças são espaços de lazer, prática de atividade física e convivência entre pessoas, porém, na capital baiana, estes equipamentos públicos estão, a cada dia, mais ameaçados diante da ação dos vândalos. “Nós construímos em um dia e no outro eles destroem”, conta,  inconformado o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), Euvaldo Jorge, responsável pela construção e manutenção das praças públicas de Salvador. Os crimes contra o patrimônio público representam prejuízo mensal de mais de R$ 400 mil para a prefeitura.

Em visita à Tribuna, Euvaldo Jorge disse que, em sete anos, foram recuperadas 323 praças e construídas outras 314, contabilizando um total de 637 equipamentos novos. “Outras 12 praças estão sendo construídas, mas, infelizmente, nos parte o coração entregar um equipamento novo à população e depois encontrá-lo destruído pela ação de pessoas que não respeitam o bem público”, destaca.

Ao recepcionar o presidente da Desal, Walter Pinheiro, presidente da TB,  disse apostar no apoio das comunidades para o combate ao vandalismo. “É preciso chamar a população para acabar com esse mal, fazer uma campanha que incentive ainda mais a denúncia”, opinou. 

Responsável pela manutenção de passarelas, monumentos, praças, abrigos de ônibus e outros equipamentos sob a gestão do município, a Desal perde diariamente cerca de R$ 3 mil para os vândalos. A Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) gastou, ano passado, com iluminação pública mais de R$ 223 mil para repor equipamentos que foram alvo da violência urbana.

A Limpurb contabilizou 400 sanitários químicos danificados e recolhidos ao pátio da companhia, sem nenhuma condição de uso. O mesmo, conforme dados da Secretaria de Comunicação da prefeitura, ocorre com as papaleiras e os contentores, um total de 300 são destruídos por dia.  

Na Desal, segundo Euvaldo, nove praças foram recuperadas, por conta da depredação, roubo ou mal uso de peças e mobiliários, no final de 2010, no entanto, 17 praças foram entregues à população em diversos bairros da cidade. “Atualmente a Desal tem um gasto anual superior a R$ 1 milhão, sendo que mais de R$ 664 mil são destinados a equipamentos de praças públicas”, ressalta.
Estações de ônibus  – Entre julho de 2010 e setembro de 2011, foram trocadas mais de 500 torneiras e 26 vasos sanitários, além de registrados roubos de cabos e peças das escadas rolantes e fios de alimentação de energia de estações de transbordo da capital baiana. Por semana, a prefeitura retira cerca de três toneladas de lixo das estações da Lapa, Mussurunga e Pirajá, além de gastar, semanalmente, cerca de 400 litros de tinta para retirar as pichações de muros.

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