Samu pede socorro

Fezes de pombos espalhadas pelo chão, banheiros interditados por falta de manutenção, problema na rede de esgoto, ar condicionado desligado devido a constantes quedas de energia, além de odor fétido.

Esses são alguns dos problemas enfrentados por profissionais do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), desde a quarta-feira (12), após serem remanejados do posto de saúde Adroaldo Albergaria - que passa por reformas – e acomodados em um prédio de dois andares na Rua Santa Luzia, em Periperi. Além da equipe do Samu, funcionários do posto de saúde também estão trabalhando no local.

A equipe de reportagem esteve no local depois de receber denúncia sobre a situação. No espaço, médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem aguardavam o chamado de emergência do lado de fora da unidade, devido a situação de precariedade do ambiente. Alguns moradores que buscavam atendimento no local, chegaram a fazer queixa a reportagem sobre a situação. Eles disseram que uma senhora passou mal no início da semana, alegando que os funcionários tiveram que pedir ajuda aos moradores para utilizar o banheiro, já que o do prédio estava interditado.

Ainda de acordo com os denunciantes, durante o plantão noturno, apenas um cômodo de aproximadamente três metros quadrado estava disponível para o descanso de uma equipe de quatro pessoas. Para piorar ainda mais a situação, o banheiro disponível para os profissionais de saúde estava com um vazamento por causa de um problema na rede de esgoto.

Um funcionário, que preferiu o anonimato contou que a principal preocupação da equipe era a situação dos pombos. Segundo ele, as fezes das aves podem conter fungos e outros microrganismos causadores de doenças graves como a cryptococcus neoformans que pode afetar o pulmão, cérebro e olhos, podendo levar a morte.

“Estamos fazendo nossas refeições em frente às casas dos moradores por causa do mau cheiro e do calor. Como podemos prestar um bom atendimento a população se estamos trabalhando em local desumano. Já encontramos até pombo morto dentro do prédio. É um descaso com os profissionais de saúde. Além de todos os problemas, não contamos com nenhuma segurança”, disse.

Após tomar conhecimento da situação pela equipe da Tribuna, o coordenador do Samu, Jorge Serra, informou que faria o remanejamento imediato da equipe para outras unidades. Segundo ele, os profissionais estavam trabalhando no local por causa da reforma do posto, onde funcionava a base. Ele ainda afirmou que está sendo construída uma nova base do Samu no Hospital do Subúrbio. “A tentativa de mantermos os profissionais no bairro era para facilitar a rapidez no atendimento, já que no Subúrbio as solicitações de emergência são frequentes”, disse Serra.Fonte TribunadaBahia

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