O restaurante ficava na praça Tiradentes, no centro do Rio. Três pessoas morreram na explosão, duas delas eram funcionárias do local.
ACÚMULO DE GÁS
O acúmulo de gás dentro do restaurante é a principal hipótese do Corpo de Bombeiros para o acidente. De acordo com a corporação, com o restaurante fechado devido ao feriado, o gás pode ter vazado durante todo o dia de ontem, e a explosão pode ter acontecido quando os funcionários acenderam as luzes do local hoje de manhã.
O Corpo de Bombeiros ainda faz buscas para encontrar outras possíveis vítimas. O local foi isolado.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
A explosão ocorreu por volta das 7h20. Ao lado do prédio que explodiu fica um hotel Formule 1, que teve os vidros estilhaçados com a explosão.
A explosão atingiu lojas até ao menos o 7º andar do edifício e dois estabelecimentos na lateral --uma loja de eletrodomésticos e uma sorveteria.
O prédio onde ficava o restaurante e dois edifícios ao lado serão interditados até que a Defesa Civil do Rio verifique se há risco de desabamento, afirmou o prefeito Eduardo Paes (PMDB).
"A princípio, as primeiras posições são de que não tenha risco deste desabamento iminente. Mas até que isso esteja confirmado, o hotel e os prédios do entorno permanecerão interditados. Estão vindo para cá engenheiros especializados e por enquanto vamos trabalhar com risco zero", afirmou Eduardo Paes, que está no local da explosão.
"VI O PESSOAL VOANDO"
A explosão foi tão forte que os corpos das vítimas foram arremessados a cerca de 30 metros e encontrados do outro lado da rua.
O catador de latinhas Daniel Ferreira Luz de Oliveira, 34, viu o momento da explosão. "Eu estava do outro lado da calçada catando latinha quando ouvi um estrondo enorme. Vi o pessoal voando já tudo morto pro outro lado da calçada. Com o calor, já estavam até sem roupa. O impacto foi tão grande que chegou a derrubar um poste. Nunca vi uma cena daquela. Ficou gravada na minha cabeça", disse.
Cristiane Souza Garcia, 28, é dona de uma loja no segundo andar do prédio. Emocionada, ela conta que terminou de arrumar a loja de cabelos duas semanas antes da explosão. "A loja está destruída. Faz uma semana que a gente ajeitou ela", diz.
Chorando muito, Cristiane diz que, se não tivesse se atrasado para levar a filha para a escola hoje, poderia estar na loja no momento da explosão.
Reprodução | ||
Restaurante Filé Carioca, que explodiu nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, em imagem do Google Earth |
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