Governador está na Europa em busca de novos investimentos na BA
A Assembleia Legislativa da Bahia vai ter de se
contentar com os R$ 22 milhões de verba suplementar liberada pelo
Executivo baiano e apertar mesmo o cinto para fechar as contas em 2011. O
governador Jaques Wagner disse nesta quinta, 20, considerar o assunto
“encerrado” e explicou: “O que eu tinha me comprometido estou honrando,
que são aqueles R$ 22 milhões. A Assembleia está pedindo uma
suplementação de mais R$ 14 milhões, e eu, por enquanto, não visualizo,
porque estamos com dificuldade orçamentária”, disse em entrevista, por
telefone, de Paris, onde participou da abertura do Salon du Chocolat.Explicando não ter a intenção de “constranger” o Legislativo do Estado, Wagner lembrou que precisa “administrar dentro de uma realidade”. Informou ter conversado com os líderes da Assembleia Legislativa antes de viajar e considera que “essa coisa ficou clara”. Mesmo tendo o presidente da Casa, Marcelo Nilo, na sua comitiva, o governador disse não ter tratado do assunto com o deputado.
O governador revelou que não cogita realizar uma reforma do secretariado no final do ano, repetindo o que a presidente Dilma Rousseff deve fazer em relação ao seu ministério. “Não trabalho com conceito de reforma administrativa, não gosto muito disso. Para mim, a qualquer momento, se for necessário trocar um secretário, se faz isso sem problema”, disse, observando que, se algum secretário for se candidatar a prefeito no próximo ano, deve sair do governo entre o final do ano e início de 2012, embora, por lei, pudesse ficar até março. “Eu acho melhor antecipar (final do ano) para a gente poder organizar”.
Missão comercial - Wagner anunciou, junto com os organizadores do Salão do Chocolate de Paris, a versão 2012 do evento, que será realizado na Bahia e acha que será uma excelente oportunidade para os produtores locais “botarem sua qualidade em campo”. Assinalou ser difícil “mensurar exatamente X por cento de quanto vão representar em emprego” os desdobramentos do salão na Bahia, mas acredita que há “um rejuvenescimento da economia na região cacaueira”.
Nesse tour pela Europa, o governador vai passar ainda na região de Bordeaux com o objetivo de tentar atrair produtores de vinho para a região do Além São Francisco. Ele disse que a primeira experiência em Morro do Chapéu com a cultura da champanhe tem dado bom resultado. “Bordeaux é outra linha de produção. O pessoal da Miolo que produz (vinho) em Casa Nova vai estar aqui também, e é aquilo que eu falo: venho fazer o guarda-chuva institucional para que os empresários se entendam”.
Conforme o governador, a Bahia precisa aproveitar o bom momento do Brasil no exterior. Wagner listou as vantagens de se investir no País em geral e na Bahia em particular: “Primeiro, para quem está procurando investir, o Brasil é o chamariz para o investimento. Segundo, a gente consegue graças ao clima e irrigação fazer duas safras e meia por ano, o que é absolutamente inédito para eles”, lembrou.
Wagner apontou o preço baixo de terras no semiárido baiano como atrativo e informou que o governo “pode oferecer, para a produção do vinho, a implantação de algum diferencial na área fiscal”.
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