Dez dos 52 presos que fugiram, na manhã
deste domingo (27), da carceragem do Complexo Policial dos Barris, já
foram recapturados. Mais de 30 policiais da 1ª Delegacia Territorial
(DT), da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), da 41ª Companhia
Independente da Polícia Militar (CIPM) e da Rondesp estão a procura
daqueles que ainda continuam soltos.
A fuga ocorreu por volta das 6h30min, quando seria servido o café
da manhã. Um auxiliar de copa e mais dois policiais, que regularmente
acompanham a execução desse trabalho, foram surpreendidos por um grupo
de presos, que havia arrombado uma cela. O bando encontrava-se escondido
numa pequena sala contígua ao corredor da carceragem, onde são
armazenadas roupas de cama e banho.
Com barras de ferros e “chunchos”, os presos dominaram os policiais
e o servente. O coordenador de equipe, investigador Carlos Correia, o
único que estava armado, foi agredido pelos criminosos e teve a
clavícula deslocada. A arma que portava, uma pistola ponto 40, foi
levada, além do celular e da carteira com documentos e dinheiro. Carlos
foi medicado no Hospital Português, liberado e passa bem.
Depois de um levantamento feito no local, a titular da 1ª DT,
delegada Jamila Cidade, constatou que 37 presos haviam fugidos das celas
da 1ª DT e outros 15 da DTE. Entre eles, o mais perigoso é Ronei
Batista da Silva, preso por roubo no dia 23 de outubro por
investigadores da 1ª DT. Segundo ela, Ronei, que está de posse da
pistola ponto 40 roubada, planejou e comandou a fuga.
Ainda de acordo com o levantamento feito na unidade, foram
encontrados “chunchos”, barras de ferro e uma pequena serra,
provavelmente a mesma utilizada para cortar as grades da cela. O
Complexo dos Barris tem capacidade para 32 presos e, no momento da fuga,
abrigava 77 pessoas. Os criminosos já recapturados serão autuados por
dano qualificado e evasão mediante uso de violência.
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